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    Polícia investiga suspeita de fraude em documento com faturamento milionário usado por filho de Bolsonaro para obter empréstimo

    Jair Renan Bolsonaro e Maciel Carvalho, seu ex-assessor, são investigados pela suspeita de usar dados fraudulentos da empresa Bolsonaro JR Eventos e Mídia

    Jair Renan Bolsonaro e Maciel Carvalho (Foto: Reprodução/Instagram)

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    247 - A Polícia Civil do Distrito Federal está conduzindo uma investigação para determinar se Jair Renan Bolsonaro e seu ex-assessor, Maciel Carvalho, utilizaram documentos com informações fraudulentas da empresa Bolsonaro JR Eventos e Mídia para obter um empréstimo bancário não reembolsado. A declaração alegava um faturamento de R$ 4,6 milhões entre julho de 2021 e julho de 2022, em nome do “filho 04” de Jair Bolsonaro (PL).

    Segundo o jornal O Globo, “o documento da empresa, que tem uma suposta assinatura de Jair Renan, foi apreendido na casa do ex-assessor do filho do ex-presidente durante uma operação da Polícia Civil realizada em agosto deste ano para apurar a atuação de um grupo suspeito de aplicar golpes. A assinatura de Jair Renan foi submetida a uma perícia para verificação de autenticidade”. >>> Empresa de Jair Renan faturou R$ 4,5 milhões em contratos de mídia em apenas um ano

    Segundo investigadores, a declaração de faturamento da Bolsonaro JR Eventos e Mídia foi apresentada para obter a liberação de um empréstimo bancário que, até o momento, não foi pago. A empresa, originalmente aberta em 2020, tinha como principal atividade a organização de feiras, congressos, exposições e festas, mas agora consta como encerrada no cadastro da Receita Federal. A transferência de propriedade da empresa, realizada por meio de doação, é um dos pontos sob escrutínio em relação a Jair Renan.

    A Polícia Civil solicitou à 5ª Vara Criminal de Brasília a quebra de sigilo fiscal e bancário da empresa para verificar se os ganhos declarados eram legítimos ou se as informações foram infladas. >>> Polícia do DF cumpre mandado de busca e apreensão contra Jair Renan Bolsonaro

    “Uma das linhas de defesa dos investigados será argumentar que o documento apreendido era, na verdade, apenas uma declaração com a ‘estimativa de faturamento’ da empresa, elaborada para fins lícitos, e que a projeção de ganhos não se concretizou”, destaca um trecho da reportagem.

    Em março, Jair Renan transferiu a propriedade da empresa para Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, um empresário do ramo de tiro esportivo. No mesmo mês, ele foi nomeado como assessor parlamentar do senador Jorge Seif (PL-SC), e, de acordo com sua defesa, ele não poderia manter uma empresa em seu nome para assumir essa função.

    O advogado Admar Gonzaga, representante de Jair Renan, optou por não fazer comentários sobre as investigações, alegando que não teve acesso ao processo na íntegra. A defesa de Maciel Carvalho não foi encontrada, apesar das tentativas de contato via seus advogados anteriores e por meio de sua esposa, por telefone e redes sociais.

    Pedrinho Villard, advogado de Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, afirmou que seu cliente "não tinha conhecimento do empréstimo, já que a transferência da empresa não foi planejada, mas sim repentina, para que Jair Renan assumisse o cargo de assessor em Balneário Camboriú".

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