Previdência: parte da bancada do PSL ameaça votar contra Guedes
Com a leitura do relatório da reforma da Previdência marcada para esta terça-feira (2), o governo corre o risco de ver sua base desidratar devido à falta da inserção de destaques com regras mais brandas para a aposentadoria de policiais civis e federais; somente o PSL pode registar até 22 votos contrários diante da insistência do ministro da Economia, Paulo Guedes, em manter o texto da proposta sem alterações
247 - Apesar da insistência do ministro da Economia, Paulo Guedes, em manter o texto da proposta da reforma da Previdência sem alterações, o governo corre o risco de ver sua base desidratar devido à falta da inserção de destaques que visam beneficiar policiais civis e federais com regras diferenciadas para a aposentadoria. O relatório da reforma, cada vez mais distante da proposta original, deverá ser lido nesta terça-feira na Câmara, porém, não encontra consenso nem mesmo no PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. A oposição ao projeto, rejeitado pela maioria dos brasileiros, também vem crescendo no Congresso.
De acordo com a coluna da Jornalista Mônica Bergamo, a bancada do PSL poderá registrar até 22 votos contrários ao projeto devido a recusa de Guedes em abrandar as regras para a aposentadoria dos policiais civis e federais. Até a noite desta segunda-feira (1), o PSL não havia chegado a um acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o relator da reforma, Samuel Moreira (PSDB-SP), sobre as alterações para as categorias de segurança pública.
Moreira é contra qualquer alteração neste sentido e afirmou que "tem setores que estão bem preservados. Não há necessidade nesse assunto (profissionais da área de segurança) de qualquer concessão”.
Segundo o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo, os diálogos vão continuar visando se chegar a um acordo. "Ainda estamos formulando o acordo. Não queremos embaralhar a negociação", afirmou.
O coordenador da comissão da reforma da Previdência, deputado Alexandre Frota (PSL-SP), admitiu as dificuldades do governo que, segundo ele, “não reúne hoje nem 50 votos na Câmara” e que se a reforma passar será “uma obra do Rodrigo Maia [presidente da Casa]”.
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