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Primeira mulher negra indicada ao TSE, Vera Lúcia diz 'confiar totalmente' nas urnas eletrônicas

"Se tem algo que o Poder Judiciário legou à cidadania brasileira de maneira absoluta é exatamente a votação na urna eletrônica", disse a advogada Vera Lúcia Santana de Araújo

Vera Lúcia Santana de Araújo (Foto: ABr)

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247 - Primeira mulher negra a ter o nome incluído na lista tríplice para a escolha de um ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a advogada baiana Vera Lúcia Santana de Araújo disse "confiar totalmente" no sistema de votação eletrônica do Brasil.

 “Confio totalmente. Eu vivi a apuração com a cédula de papel e vivi a implementação da urna eletrônica. É uma coisa absolutamente primorosa. Se tem algo que o Poder Judiciário legou à cidadania brasileira de maneira absoluta é exatamente a votação na urna eletrônica que a Justiça Eleitoral conseguiu conceber, construir, consolidar e aprimorar aqui no Brasil”, disse Vera Lúcia em entrevista à coluna do jornalista Chico Alves, do UOL

Na entrevista, Vera Lúcia disse que os ataques contra as urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral do Brasil feitos por Jair Bolsonaro “assumem um tom que não deve ser o tom do presidente da República Federativa do Brasil”. 

“Acho que o presidente, nas suas falas como pré-candidato, assume um tom que não deve ser o tom do presidente da República Federativa do Brasil. Então, naturalmente que a expectativa e perspectiva que a cidadania, que o mundo jurídico, que o Supremo Tribunal Federal — que constitucionalmente tem a responsabilidade de sugerir os nomes da lista tríplice —, é de que o seu discernimento seja na qualidade de presidente da República e não orientado, digamos assim, por uma fala de pré-candidato ao seu eleitorado”, avaliou.  

A advogada também disse esperar que sua atuação contra o racismo e sua defesa da urna eletrônica não afetem na hora em que Bolsonaro for definir um nome para uma vaga na Corte. "Ante as minhas credenciais técnicas, processuais, profissionais, morais e éticas para ocupação do cargo, eu quero acreditar que de maneira republicana nenhuma injunção fora desse campo possa ter peso ou referência", ressaltou. 

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