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"Quando você nega a política, você tem Hitler, Mussolini e Bolsonaro", diz Lula

Presidente reforçou que é necessário despolitizar as Forças Amadas. "Quem quiser fazer política, peça aposentadoria e vá fazer política"

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/CNN)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo federal pretende reavaliar a autonomia do Banco Central ao final do mandato do atual presidente da entidade, Roberto Campos Neto, em 2024. A entrevista foi concedida à CNN Brasil.

"O que eu quero saber é o resultado (de um BC autônomo), o resultado vai ser melhor? Um Banco Central autônomo vai ser melhor? Vai melhorar a economia? Ótimo, mas se não melhorar, nós temos que mudar", disse. "Vamos ver qual é a utilidade que a independência do Banco Central teve para este país. Se trouxe para o país uma coisa extraordinariamente positiva, não tem problema nenhum ele ser independente".

De acordo com o presidente, o BC "não é independente, é autônomo". Lula afirmou que a instituição precisa ter compromissos com a sociedade brasileira, com o Congresso Nacional e com ele, presidente da República.

O petista comentou a foto do deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) com o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. "O companheiro Quaquá tem idade o suficiente para saber com quais pessoas ele quer tirar fotografia".

'Hitler, Mussolini, Bolsonaro'

O presidente criticou Jair Bolsonaro. Lula citou Adolf Hitler (1889-1945), ditador do nazismo nas décadas de 30 e 40 na Alemanha. O petista também mencionou Benito Mussolini (1883-1945), líder do fascismo na Itália naquele período.

"Quando você nega a política, você tem Hitler, Mussolini, Bolsonaro", disse Lula.

Segundo o presidente, Bolsonaro "construiu indústria de mentira, cópia do que foi o Trump nos Estados Unidos".

O atual chefe do Executivo reforçou ainda que é necessário "despolitizar as Forças Amadas". "Quem quiser fazer política, peça aposentadoria e vá fazer política".

Guerra e Brics

Na entrevista, Lula criticou a guerra entre Rússia e Ucrânia. "Precisamos criar um grupo de países que estejam com disposição para a paz. A guerra foi um equívoco histórico, a Rússia invadir território da Ucrânia. A Europa que foi aquela parte do mundo que encontrava solução pra tudo está envolvida na guerra.

O presidente também defendeu que Dilma Rousseff seja presidente dos Brics, grupo de países que reúne Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul. "Se depender de mim, ela vai. Ela é uma figura extraordinária. Pessoa digna, de muito respeito e o PT adora ela. Ela é muito competente tecnicamente. Será uma coisa maravilhosa para os Brics e para o Brasil".

Política e o PT

O presidente também comentou a importância de ter boas relações com os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. "É possível governar sem o orçamento secreto. É possível ter harmonia entre poderes. A gente não tem que ficar rivalizando. Não podemos ficar brigando. Estamos voltando à normalidade", disse.

"Vamos colocar o Brasil no trilho, investir em universidades, bolsa família, geração de empregos, obras de infraestrutura. Vou pra China. Para a necessidade de as pessoas verem o Brasil como um País grande", disse.

O presidente elogiou o Partido dos Trabalhadores. "O PT não é uma coisa qualquer. O restante só se junta em época de eleição.  Muitos partidos não têm sequer registro definitivo. O PT é o partido mais importante da esquerda da América Latina. Só perde para o Partido Comunista Chinês".

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