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“Quem ainda apoia Bolsonaro é nazista”, diz Michel Gherman

"Quem ainda apoia esse governo que relativiza assassinato em câmara de gás e justifica esquartejamento de indigienistas, apoia um governo de nazistas", afirmou professor da UFRJ

Michel Gherman e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Isac Nóbrega/PR)

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247 - O professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor acadêmico do Instituto Brasil-Israel, Michel Gherman, criticou nesta quarta-feira (15) apoiadores de Jair Bolsonaro. 

Para Gherman, quem apoia Bolsonaro se identifica com o nazismo. "Volto a dizer: quem ainda apoia esse governo que em uma semana relativiza assassinato em câmara de gás e na outra justifica esquartejamento de indigienistas, apoia um governo de nazistas. Nazista é então. Ah, não gosta de ser tratado por Nazista? Tá Facil então né?", afirmou o professor pelo Twitter. 


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Leia também matéria da Rede Brasil Atual sobre as mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips:

Os irmãos Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, e Amarildo da Costa Oliveira, o ‘Pelado’, admitiram ter executado o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, segundo fontes da Polícia Federal. A dupla confessou o assassinato e foi levada pela PF ao local das buscas, no Vale do Javari (AM), para apontar a localização dos corpos. “Pelado” está detido desde o dia 7, dois dias após o desaparecimento de Bruno e Dom. Já Oseney foi preso temporariamente ontem (14).

Há divergências sobre o que foi feito de Bruno e Dom. Segundo reportagem daBand News, eles tiveram seus corpos esquartejados e depois, incinerados. Já de acordo com relato do portalg1, os criminosos atiraram no jornalista e no indigenista e depois os queimaram e enterraram. Além disso, Amarildo negou ter atirado na dupla, segundo fonte da PF ouvida pelo portalUOL. O pescador disse aos policiais que recebeu os corpos queimados, mas de forma que seria possível identificá-los.

“Bolsonaro é corresponsável por sumiço de Bruno Pereira e Dom Phillips”

No domingo (12), a PF divulgou imagens de uma mochila, um notebook, roupas e chinelos encontrados durante as buscas, no interior do Amazonas. Bruno Pereira e Dom Phillips haviam partido da Comunidade São Rafael em uma viagem de duas horas, rumo a Atalaia do Norte, onde não chegaram.

O jornalista, colaborador do também britânico The Guardian e outros veículos, escrevia um livro sobre ameaças ao meio ambiente e incomodava muita gente. “Esse inglês, ele era mal visto na região. Porque ele fazia muita matéria contra garimpeiro, a questão ambiental… Então, aquela região lá, que é bastante isolada, muita gente não gostava dele. Ele tinha que ter mais do que redobrado a atenção para consigo próprio. E resolveu fazer uma ‘excursão'”, afirmou Jair Bolsonaro em uma entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle (aqui reproduzido pelo blog do jornalista Leonardo Sakamoto).

Até esta quarta-feira (15), nove pessoas já tinham sido ouvidas pela polícia. Entre elas, a mulher de Amarildo, Josenete, que prestou depoimento na sexta-feira (10) em companhia de um advogado e preferiu não falar sobre a prisão do marido nem sobre o caso dos desaparecidos. Uma entrevista coletiva da PF para falar sobre o suposto encerramento do caso é esperada para a qualquer momento.

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