‘Racismo precisa ser superado materialmente’, diz Haddad
“Não é só idealmente. É o negro na universidade, é o negro empreendedor, é o negro médico, é o negro advogado, é o negro desembargador, é o negro presidente da República; o negro e a negra”, afirmou o ex-ministro à TV 247, prevendo o aumento do racismo no Brasil em um futuro próximo. Assista
247 - Ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad falou à TV 247 sobre o combate efetivo ao racismo que, para ele, se faz “materialmente”, ou seja, com ações práticas de inclusão e correção das desigualdades.
Nesta medida, Haddad enxerga em um futuro não tão distante o aumento da incidência de casos de racismo no país, exatamente como uma reação branca ao avanço dos negros, em grande parte motivado pelas iniciativas empregadas pelos governos do PT que colocaram os negros nas cadeiras das universidades e em postos de comando. “Prevejo que o racismo, que sempre foi negado nesse país, vai recrudescer em um certo sentido por uma razão: justamente porque ele está sendo superado materialmente. Racismo se supera materialmente, não é só idealmente. É o negro na universidade, é o negro empreendedor, é o negro médico, é o negro advogado, é o negro desembargador, é o negro presidente da República; o negro e a negra. Então tem que se superar materialmente, se não é o quê? Que superação é essa? É uma superação real, em que a gente possa pensar em um Judiciário com outra cor, em um Executivo com outra cor, em um Legislativo com outra cor, a nacionalidade representada”.
“Tenho certeza que vai acontecer uma transformação social no Brasil no século XXI fruto do investimento que foi feito em educação superior para pobre, para preto, que não tinham lugar na universidade brasileira, a não ser na limpeza e na segurança. [Atualmente] você tem mais de 50% de estudantes afrodescendentes [nas universidades federais]. Essa revolução ninguém vai parar”, completou.
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