Receita barra exoneração de seu ex-chefe, envolvido no escândalo das joias sauditas
Segundo o atual chefe da Receita Federal, já há uma investigação preliminar em curso no órgão
247 - A Receita Federal barrou a exoneração do ex-chefe do órgão Julio César Vieira Gomes após a publicação da medida no Diário Oficial da União desta segunda-feira (10), informa a jornalista Andréia Sadi, em seu blog no portal G1.
O próprio Julio César solicitou sua exoneração do cargo. Ele está envolvido no caso das joias sauditas de Jair Bolsonaro (PL), uma vez que conversou com o ex-chefe de governo sobre a liberação dos produtos apreendidos na alfândega do Aeroporto Internacional da Guarulhos.
O atual chefe do órgão, Robinson Barreirinhas, alegou a existência de uma investigação preliminar sumária na corregedoria do órgão. Uma fonte da Receita ouvida pela jornalista disse ser preciso averiguar se é possível exonerar um funcionário enquanto um processo de investigação está em andamento.
Julio César assinou o despacho que pedia que os auditores da Receita em Guarulhos atendessem ao pedido de um assessor de Bolsonaro e entregassem um conjunto de joias "dado" pela Arábia Saudita e avaliado em R$ 16,5 milhões.
Em depoimento à Polícia Federal, Julio César afirmou que à época em que o pedido foi realizado, os bens já pertenciam, de forma definitiva, à União.
Durante a semana em que ocorreu a tentativa de resgate das joias, Bolsonaro designou Julio César para o novo cargo de adido tributário em Paris, na França. No entanto, o cargo foi abolido quando Fernando Haddad se tornou o ministro da Fazenda.
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