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    “Resultado desmoralizou de vez os institutos de pesquisa”, diz Bolsonaro

    Bolsonaro diz que buscará aliados nos estados e tentará convencer eleitores que 'mudanças podem vir para pior'

    (Foto: Reprodução)

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    247 - Jair Bolsonaro se manifestou sobre o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, onde ele recebeu 43,28% dos votos, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ficou em primeiro com 48,33% dos votos, com 99,63% das urnas apuradas. 

    Bolsonaro atacou os institutos de pesquisa, que projetaram um percentual maior de votos menor do que ele recebeu, mas não atacou as urnas eletrônicas, alvo de insinuações e ataques durante toda a campanha. "Eu entendo que tem muito voto que foi pela condição do povo brasileiro, que sentiu o aumento dos produtos. Em especial, da cesta básica. Entendo que há uma vontade de mudar por parte da população, mas tem certas mudanças que podem vir para pior", disse Bolsonaro. 

    >>> Lula: "Vamos ganhar. O segundo turno é apenas uma prorrogação"

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    Lula e Bolsonaro travarão tenso segundo turno nas eleições brasileiras

    (Reuters) - Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o mais votado na eleição presidencial deste domingo, mas disputará um tenso segundo turno com o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que superou o estimado pelas principais pesquisas de opinião e ficou a apenas 4,7 pontos de distância do ex-presidente.

    Com 98,96% das seções eleitorais apuradas, Lula lidera a votação deste domingo com 48,19% dos votos válidos, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirma que não é mais matematicamente possível que ele consiga chegar aos 50% necessários para garantir sua eleição na primeira rodada. Bolsonaro tem 43,41% dos votos válidos.

    "Eu sempre achei que a gente ia ganhar essas eleições e vamos ganhar. Isso para nós é apenas uma prorrogação", disse Lula. "Vai ser importante fazer um debate tête-à-tête com o presidente da República", discursou o petista, que anunciou que falará a apoiadores na av. Paulista ainda neste domingo.

    O resultado indica que o trabalho do petista para atrair o voto útil e definir a disputa já neste domingo ficou longe de ser suficiente, enquanto a estratégia do candidato à reeleição de atacar duramente o adversário nos últimos dias conseguiu manter aberta a disputa.

    Os números não só de Bolsonaro como de seus apoiados para o Senado mostram uma arrancada final do força política do presidente, aumentando a pressão sobre as principais pesquisas de opinião, que projetavam vantagem de Lula e aliados.

    As próximas semanas até o segundo turno em 30 de outubro devem registrar uma disputa bastante acirrada, ainda mais agora quando, definitivamente, todas as atenções estarão centradas em Bolsonaro e Lula.

    De cara, o petista deve tentar buscar os votos dos eleitores de candidatos derrotados, uma vez que o adversário no segundo turno é o atual presidente. Os alvos preferenciais devem ser os eleitores de Ciro Gomes (PDT) --que tem nesse momento 3,05% dos votos válidos-- e de Simone Tebet (MDB) --que tem 4,21%.

    Apesar das críticas ferrenhas a Lula durante a campanha, Ciro Gomes já se pronunciou e pediu "tempo" para definir seu posicionamento no segundo turno.

    Já Bolsonaro ganha combustível para mobilizar ainda mais sua fiel militância. O presidente vinha desacreditando os institutos de pesquisas, dizendo preferir o "datapovo".

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