Rui Costa diz que ataques a escolas são herança de Bolsonaro: "Brasil está colhendo o que foi plantado"
Lula fará na terça-feira uma reunião ampla com governadores e outras autoridades para falar sobre o assunto. Presidente também debaterá com religiosos
247 - Durante agenda em Salvador (BA) neste sábado (15), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou que os recentes ataques violentos a escolas em diferentes regiões do Brasil são uma herança de Jair Bolsonaro (PL).
“Infelizmente, o Brasil está colhendo aquilo que foi plantado ao longo dos quatro anos. Como na agricultura, se você plantar semente de mamão, você vai ter um pé de mamão. Se você plantar soja, você vai colher soja. E ao longo dos quatro anos, no Brasil, infelizmente, comandado pelo ex-presidente da República, se plantou ódio, racismo, preconceito contra as mulheres, preconceito contra nordestino, preconceito contra negro”, pontuou.
O ministro lembrou de ocasiões em que Bolsonaro incitou crianças a fazerem o gesto de arma com as mãos: “o ex-presidente fazia [isso] com frequência botando criança no colo, fazendo sinal de arma e estimulando grupos armados, estimulando ódio. Infelizmente, o Brasil, hoje, ficou parecido com outras nações, com ataques a escolas. Escola é lugar de vida, é lugar de alegria, é lugar de cultura, é lugar de arte. E nós vamos juntos ter que reconstruir nosso país. E reconstruir não é só do aspecto de obras, mas também de valores”.
Rui Costa informou que na próxima terça-feira (18), pela manhã, o presidente Lula (PT) receberá no Palácio do Planalto autoridades de diversas esferas políticas para discutir as ameaças a escolas. Foram convidados os 27 governadores, os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), da Câmara dos Deputados e do Senado, além do procurador-geral da República. Na reunião, Lula pretende estruturar parceria de todos os poderes, em todas as instâncias, “para um mutirão a favor da vida”, segundo explicou Rui Costa.
“Posteriormente a essa reunião, o presidente fará uma reunião com todas as religiões do país, todo mundo que professa fé diferente e vai fazer o apelo também às religiões pela paz, pelas crianças, pela vida e que as famílias voltem a abraçar seus filhos”, acrescentou o ministro.
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