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Sergio Nobre, presidente da CUT: "tenho certeza que o povo argentino vai recuperar a democracia" (vídeo)

'Na Argentina está havendo uma demonstração de força da classe trabalhadora', afirmou o dirigente

Sergio Nobre (Foto: Roberto Parizotti/CUT)

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247 - O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Sergio Nobre, defendeu a iniciativa de trabalhadores argentinos que foram às ruas nesta quarta-feira (24) em apoio à primeira greve geral do país contra as medidas políticas e econômicas do presidente de extrema direita, Javier Milei. "Tenho certeza que a luta do povo argentino, com essa enorme greve geral, de demonstração de força da classe trabalhadora, vai conduzir o povo à vitória e vai recuperar a democracia na Argentina", afirmou Nobre durante ato em Brasília.

A greve de 12 horas atinge o transporte, bancos e serviços públicos, entre outros, no país vizinho. Argentinos são contrários à Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, enviada em 27 de dezembro ao Congresso por Milei. Conhecida como "Lei Ómnibus", a proposta declara emergência pública nas áreas econômica, financeira, fiscal, de segurança e defesa. A lei dá superpoderes para Milei até dezembro de 2025, podendo ser prorrogada por mais dois anos.

Outro motivo de insatisfação do povo argentino é o Decreto Nacional de Urgência (DNU), que dá a Javier Milei o poder para revogar ou modificar leis aprovadas pelo Congresso. A inflação, que chegou a 211% em 2023, é mais uma causa da indignação dos argentinos.

O presidente da CUT, Sergio Nobre, disse que o apoio dos brasileiros é uma reciprocidade ao apoio que os argentinos deram a nós, durante os quatro anos que passamos sob um governo também de extrema direita. “A nossa solidariedade é porque nós vivemos, no desgoverno de Bolsonaro, quatro anos de ataques às instituições, à democracia, em especial ao movimento sindical e ao movimento popular. Nós passamos por isso e, é por conta disso que o povo argentino hoje está lutando porque eles estão vivendo aquilo que a gente viveu há quatro anos atrás. Aqui no Brasil nós resistimos, lutamos e vencemos”.

O dirigente CUT fez questão de expressar diversas vezes a solidariedade do povo argentino aos brasileiros quando o presidente Lula esteve preso injustamente, em Curitiba. “A gente não vai esquecer do dia da vitória do Fernández [Alberto, ex-presidente da Argentina], erguendo o braço e chamando Lula livre, quando o presidente Lula era preso político em Curitiba. Nós não vamos esquecer a luta dos trabalhadores argentinos, criando o comitê Lula livre na Argentina, fundamental para provar a inocência do presidente e hoje ele poder governar o nosso país”, disse.

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