"Seria a Ômicron o começo do fim da pandemia?", pergunta-se e especula em artigo Margareth Dalcomo
Pneumologista e uma das mais vozes respeitadas no País quando o tema é a Covid-19 crê que mutação do vírus pode ser prenúncio do fim da pandemia
247 – Em artigo publicado no jornal O Globo a médica pneumologista Margareth Dalcomo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz e professora da PUC do Rio de Janeiro, uma das mais ativas divulgadoras científicas durante esses dois anos de duração da pandemia por coronavírus, diz crer que “tudo até o momento nos demonstra que as vacinas dão conta, pelo menos, de atenuar a severidade dos casos, visto que não se observa aumento substantivo de hospitalizações graves”. Segundo ela, “o Sars-CoV-2 vai desenhando sua endemicidade e passa a fazer parte do diagnóstico diferencial de doenças virais respiratórias rotineiramente”.
Especulando, em seu texto, por meio de perguntas, escreve: “Mas será mesmo a Ômicron tão mais contagiosa do que a Delta, mais patogênica? Ou esse padrão genético tão diferente significaria o estiolamento da pandemia e o começo do fim?”. E ela mesma responde: “Sim, essa hipótese guardaria uma boa plausibilidade biológica, com a prudente distância desta e de uma verdade absoluta.”
O tom de positividade do artigo de Dalcomo fundamenta-se quando ela fala de estudos laboratoriais em torno da variante Ômicron. Escreve ela, num excerto literal:
“O momento é positivo, sem dúvida, a despeito da nova cepa ou de eventuais novas variantes, com o impacto das vacinas. O último estudo publicado pelo CDC (Centro de Controle de Doenças americano) analisa um imenso banco de dados nacional, que recebe notificações tanto de profissionais da saúde quanto de usuários, e classifica efeitos adversos de vacinas em leves e severos, hospitalizações e mortes, entre novembro e dezembro de 2021. Entre 4.249 relatos de crianças entre 5 a 11 anos que receberam a vacina Pfizer, 98% dos efeitos registrados foram leves e, entre os mais sérios, erros de doses administradas, e miocardite com 11 casos sem óbito, em 8 milhões de doses aplicadas”.
Por fim, a pneumologista encerra num libelo pró-vacina, a favor da vacinação em crianças e da Ciência: “Que debate decisivo ainda será necessário para ganhar a consciência crítica de nossa gente, quanto à necessidade de comportamentos pessoais e coletivos protetores? Marguerite Yourcenar, a grande escritora, nos ensina que “o verdadeiro lugar do nascimento é aquele em que, pela primeira vez, se lança um olhar inteligente sobre si mesmo”. Podemos nos inspirar neste começo de ano, com sensibilidade e inteligência.”
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