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Sob pressão de lideranças religiosas bolsonaristas, pastor que participou de ato pró-Lula renuncia a cargo no Rio

Pastor Sergio Dusilek anunciou que irá renunciar à presidência da Convenção Batista Carioca após ter sido alvo de ataques por parte de lideranças evangélicas bolsonaristas

Pastor Sergio Dusilek (Foto: Reprodução/Youtube)

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247 - O pastor Sergio Dusilek anunciou que irá renunciar à presidência da Convenção Batista Carioca. De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, após ter sido criticado por outras lideranças evangélicas por ter participado de um ato de apoio à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Livros de sua autoria chegaram a ser queimados por outros religiosos”, destaca a reportagem. 

O ato, organizado pela coordenação dos evangélicos do PT, foi realizado na sexta-feira (9) . Na ocasião, Dusilek disse que "este país não aguenta mais quatro anos com esse presidente nefasto que aí está [Jair Bolsonaro]". Ao se dirigir a Lula, o pastor também afirmou que "o melhor tempo para a igreja brasileira que essa terra já viu foi no tempo de seu governo" e completou: “a Igreja Evangélica tem que pedir perdão ao senhor". Ele também puxou o coro de “Olê, olê, olá, Lula, Lula”. 

Após o evento, a Convenção Batista Brasileira e outras congregações estaduais emitiram notas contra o pastor, além de pedirem a sua destituição e até mesmo a defenderem sua expulsão da Convenção Batista Carioca. Ainda segundo a reportagem, “nem os pais do religioso –o pastor Darci Dusilek, que presidiu a Convenção Batista Brasileira, e Nancy Dusilek, que foi vice-presidente da organização– foram poupados nos ataques”.

"Estou sofrendo ataques e sendo alvo de uma política de cancelamento", disse Dusilek. "Decidi renunciar para não prejudicar os trabalhos da convenção", completou mais à frente. Dusilek, que diz ter votado em Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Alckmin, contra Lula nas campanhas presidenciais de 1989, 1994 e 2006, afirma que aprendeu "como Jesus de Nazaré" a jamais "demonizar uma pessoa". 

Ainda segundo o pastor, outros religiosos estão apoiando a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) sem que haja qualquer tipo de reação ou retaliação. 

O ex-presidente Lula vem sendo alvo de ataques constantes por parte de lideranças religiosas que apoiam o atual ocupante do Palácio do Planalto, inclusive com a disseminação de fake news que, se eleito, o petista irá fechar igrejas e templos. 

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