Superfaturamento: Laboratório do Exército gastou 1,5 milhão para produzir cloroquina
TCU investiga responsabilidade de Bolsonaro em autorizar produção do medicamento; testes sobre o uso da cloroquina para Covid-19 foram suspensos pela OMS
Revista Fórum - O Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército já gastou mais de R$ 1,5 milhão para produzir cloroquina em meio à pandemia do coronavírus. Segundo cálculos feitos pela Repórter Brasil, a produção já foi ampliada em mais de 100 vezes. O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga mau uso de recurso público.
O Exército teria firmado ao menos 18 acordos para aquisição de cloroquina em pó e outros insumos de produção, gastando um valor total de R$ 1.587.549,81. Na última quarta-feira (17), foi divulgado que o Ministério da Defesa já teria investido ao menos R$ 472,5 mil para produzir 2,25 milhões de comprimidos de cloroquina 150mg desde março, quando Jair Bolsonaro ordenou a produção.
O investimento seria para utilização do medicamento no tratamento de Covid-19. Contudo, a eficácia da droga nunca teve comprovação científica, e os testes para uso da cloroquina para tratar pacientes infectados com o coronavírus foram suspensos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta semana. Os especialistas temem que a utilização da droga piore o estado dos pacientes devido aos efeitos colaterais, como problemas cardíacos.
Cerca de 95% do valor gasto pelo Exército na produção foi direcionado para a compra de 1.414 kg de cloroquina em pó, em processo sem licitação. Também foram adquiridos outros insumos de produção, como papel alumínio e material de impressão.
Confira a reportagem completa na Revista Fórum.
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