Taxa de mortes com cloroquina é semelhante a de quem não usa, diz estudo preliminar da Fiocruz
Estudo elaborado pela Fiocruz contradiz propaganda de Jair Bolsonaro e indica que a taxa de letalidade nos pacientes com o coronavírus e que foram tratados com o medicamento cloroquina é semelhante à dos que não foram tratados com a droga
247 - Um estudo elaborado pela Fiocruz e pela Fundação de Medicina Tropical da Universidade de Manaus aponta que a taxa de letalidade nos pacientes com a covid-19 e que foram tratados com o medicamento cloroquina é semelhante à dos que não foram tratados com o remédio. O estudo, ainda em fase preliminar, contradiz a propaganda de Jair Bolsonaro, que defende o uso da cloroquina para o tratamento dos pacientes infectados pelo novo coronavírus.
Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, dos 81 pacientes internados que foram tratados com o medicamento, 11 vieram a falecer. A taxa de mortalidade registrada me pacientes em condições semelhantes e que não foram tratados com a cloroquina é de 18%, semelhante ao apontado em estudos interacionais, incluindo os realizados pela China.
A proximidade dos dois índices não permite afirmar, por enquanto, que a cloroquina possa fazer diferença fundamental no tratamento dos doentes infectados pelo novo coronavírus.
"Os otimistas podem achar que [a taxa com o uso da cloroquina] é menor. Os pessimistas podem achar que é igual. Estatisticamente, é igual, na margem de confiança", disse o infectologista Marcus Lacerda, da Fiocruz, que participa do estudo, em entrevista ao jornal.
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