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    "Vacina não tem pressa. A morte é o que interessa". Fernando Brito resume o discurso de Bolsonaro

    Editor do Tijolaço lembra que Bolsonaro decretou o fim da pandemia na semana em que o Brasil registrou o maior número de casos: 333 mil, de 12 a 19/12

    (Foto: Reprodução)

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    Por Fernando Brito, editor do Tijolaço – O mundo precisa atirar-se aos pés de Jair Bolsonaro, o iluminado homem que, em menos de 40 minutos, além de comprovar “cientificamente” a eficácia da hidroxicloroquina na terapia dos infectados pela Covid 19. anunciou que “a pandemia realmente está chegando ao fim” e que a “pressa para a vacina não se justifica”;

    Fim da pandemia? “Os números têm mostrado isso aí. Estamos com uma pequena ascensão agora, o que se chama de pequeno repique; pode acontecer.”

    Isso é dito no momento em que se encerra a semana em que o Brasil registrou o maior número de casos – 333 mil, de 12 a 19/12 – desde o início da pandemia.

    Mas, para ele, “o Brasil está muito bem, graças ao tratamento precoce com a hidroxicloriquina”,

    Em uma exibição patética ao lado do filho, Bolsonaro insinuou que a pressa em obter vacinas pode ter interesses de corrupção.

    Não tenho pressa em gastar, viu, governador, não estamos com pressa em gastar dinheiro. A nossa pressa é salvar vidas. Não quero fazer mau juízo de quem quer que seja, mas é muito suspeita esta pressa em gastar quase R$ 20 bilhões para comprar a vacina.

    Depois do general da Saúde ter perguntado “para que tanta angústia” com a questão da vacina, agora é seu próprio chefe quem diz que não há pressa.

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