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Valdemar manda afastar presidente do PL no interior do Pará, assassino confesso de Chico Mendes

Em nota, o presidente do PL afirmou desconhecer que Darci Alves Pereira, conhecido como "Pastor Daniel", fosse o responsável pela morte do ambientalista

Darci Alves Pereira durante evento de posse na presidência do PL em Medicilândia (PA) (Foto: Reprodução/Instagram)

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247 - O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, recomendou, na terça-feira (27), a destituição de Darci Alves Pereira da presidência do partido em Medicilândia, município do Pará. Pereira é o assassino confesso do ambientalista Chico Mendes. Segundo o jornal O Globo, a orientação de Valdemar foi encaminhada ao presidente do PL paraense, deputado federal Éder Mauro. Costa Neto afirmou em nota que desconhecia que Pereira, conhecido como "Pastor Daniel", é a mesma pessoa condenada pelo assassinato de Chico Mendes, ocorrido em dezembro de 1988. 

“Agradeço à imprensa por trazer ao nosso conhecimento esse importante fato. Diante dessas circunstâncias, recomendei ao presidente da estadual do PL do Pará, deputado Éder Mauro, a imediata destituição de Darci Alves Pereira do cargo, conhecido atualmente como Pastor Daniel”, diz um trecho da nota, de acordo com a reportagem. 

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Pereira foi indicado para assumir o diretório do PL de Medicilândia em evento da Câmara de Vereadores, em novembro do ano passado, e assumiu o cargo no dia 26 de janeiro. A sua destituição,porém, ainda não foi oficializada. Nas redes sociais, onde se apresenta como "Pastor Daniel", Pereira se anuncia como pré-candidato a vereador. 

O ambientalista Chico Mendes foi assassinado aos 44 anos com um tiro no peito no quintal de sua casa em Xapuri, no Acre, em dezembro de 1988. Em 1990, Darci Alves Pereira se entregou à polícia e confessou o crime. Seis anos depois, Darci mudou sua versão e negou ter cometido o assassinato. 

No dia 15 de dezembro de 1990, Darci Alves Pereira e seu pai, Darly Alves da Silva, foram condenados a 19 anos de prisão. De acordo com a Justiça, eles foram o executor e o mandante do crime, respectivamente.

Presos inicialmente na penitenciária Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco (AC), pai e filho fugiram da cadeia em dezembro de 1993 e ficaram três anos foragidos. A Polícia Federal recapturou os dois em 1996. Três anos depois, Darly disse que estava com problemas de saúde e conseguiu o direito de cumprir sua pena em prisão domiciliar. Darci foi para o regime semiaberto, por bom comportamento.

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