Bolsonaro foi o maior propagador de mentiras sobre a cloroquina no mundo
Postagens feitas por Jair Bolsonaro incentivando o uso do medicamento sem eficácia científica comprovada contra a Covid-19 geraram cerca de 11 milhões de interações e 1,7 milhão de compartilhamentos
247 - Jair Bolsonaro lidera o ranking global de disseminação de informações falsas sobre o uso da cloroquina - remédio sem eficácia científica comprovada contra a Covid-19 e cujo uso não é recomendado pelas autoridades de saúde - nas redes sociais. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, uma análise feita por meio da ferramenta CrowdTangle aponta que as postagens feitas por Bolsonaro sobre o assunto desde o início da pandemia geraram cerca de 11 milhões de interações e 1,7 milhão de compartilhamentos.
Até março deste ano, considerando os 100 textos no Facebook com mais interações sobre cloroquina desde o início da crise sanitária, Bolsonaro foi o autor de 42 postagens– quatro em cada dez - sobre o tema. Ele ficou à frente do ex-presidente americano Donald Trump, que registra 1,1 milhão de interações, e até da Organização Mundial da Saúde (OMS), com 491 mil.
A disseminação de informações falsas sobre o uso da cloroquina não ficou restrita a Bolsonaro. Ainda de acordo com a reportagem, as redes sociais de parlamentares brasileiros publicaram quase 4,5 mil textos com os termos “cloroquina” e “hidroxicloroquina” (um derivado da droga) desde março de 2020. Estas postagens geraram 43 milhões de interações.
Entre os 100 posts mais populares da lista, 96 foram postados por integrantes da base governista, três de um deputado independente e apenas um foi feito por um deputado de oposição. Neste quesito, o ranking é liderado pela deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (3,6 milhões de interações) e Eduardo e Flávio Bolsonaro (850 mil e 379 mil), filhos do presidente.
Bolsonaro também aparece como um dos políticos que geraram mais engajamento ao fazer postagens sobre outros medicamentos sem eficácia comprovada, como a ivermectina (157 mil interações), azitromicina (750 mil) e nitazoxanida (231 mil).
A CPI da Covid deverá investigar a existência de um “gabinete paralelo” que assessorou Bolsonaro no enfrentamento à pandemia e incentivou o uso da cloroquina, por meio do Kit Covid”.
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