'Não é hora de afrouxar', diz epidemiologista, que critica reaberturas no Rio e São Paulo na semana de recordes do coronavírus
Epidemiologista Alexandre Kalache, do Centro Internacional da Longevidade, critica o anúncio de reabertura de algumas atividades em São Paulo e no Rio de Janeiro na pandemia da Covid-19. "Essa pandemia, que poderia estar muito mais sob controle a esta altura, vai ficar se estendendo", diz
247 - "Quem tem pressa come cru. Ainda não está na hora de afrouxar", afirma o epidemiologista Alexandre Kalache, do Centro Internacional da Longevidade, ao comentar o cenário de reabertura de alguns setores econômicos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de confirmações (558,2 mil) e o sexto na quantidade de mortes (31,3 mil) provocadas pelo coronavírus, de acordo com a plataforma Worldometers, que disponibiliza os dados de cada país.
Com o recorde de 1.262 mortes em um único dia, o Ministério da Saúde informou que a Covid-19 matou até agora 31.199 pessoas - a estatística da pasta difere um pouco da apresentada em nível global.
O fato é que os dados põem em dúvida as alegações de que já é possível discutir medidas de relaxamento no Brasil.
"Isso vai prolongar a agonia. Essa pandemia, que poderia estar muito mais sob controle a esta altura, vai ficar se estendendo, o que terá um preço econômico muito alto na frente", diz o médico Alexandre Kalache. Seus relatos foram publicados no jornal O Globo.
De acordo com o site disponibilizado pelo governo federal para atualizações da Covid-19, o estado de São Paulo tem 118.295 confirmações e 7.994 mortes provocadas pelo coronavírus, sendo o primeiro no ranking nacional nos dois quesitos (casos e óbitos). Depois vem o estado do Rio de Janeiro, com 56.732 pessoas diagnosticadas com a doença e 5.686 falecimentos.
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