Quarentena por coronavírus afrouxou em todas as capitais do País
É o que aponta uma pesquisa feita com base na localização de 60 milhões de telefones celulares no País, compilada pela empresa In Loco, em referência à última semana de março e aos primeiros dias de abril. No Rio foram pelo menos menos 252 mil pessoas a mais nas ruas neste período
247 - A diminuição do isolamento social foi uma padrão em todas as capitais brasileiras entre a última semana de março e os primeiros dias de abril, em pesquisa feita com base na localização de 60 milhões de telefones celulares no País, compilada pela empresa In Loco. O Brasil tem pelo menos 16,1 mil casos e 822 mortes provocadas pela doença.
"Como estamos trabalhando com uma base de 60 milhões de usuários, provavelmente essa queda que você está vendo de 2%, 3% (entre uma semana e outra ) é uma queda real", diz o pesquisador Júlio Croda, que participou do estudo. Os relatos foram publicados no jornal O Estado de S.Paulo.
O motivo pode estar nas alternativas de renda para a população mais pobre. "Para conseguir segurar essas pessoas em casa, precisaríamos de acesso à renda. É nisso que demoramos muito (para fazer)", afirma o infectologista Eliseu Waldman, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP. "Ficar dentro de uma casa nessas condições em Manaus, na temperatura e umidade que têm na cidade, é muito difícil".
Em Manaus (AM), por exemplo, menos da metade da população se manteve em casa durante a última semana – a média nos dias de semana ficou abaixo dos 48% de isolamento.
No Rio, a diferença de quatro pontos porcentuais de uma semana para outra pode significar ao menos 252 mil pessoas a mais nas ruas.
Em Fortaleza (CE), cerca de 59% da população manteve-se em casa durante a última semana de março. Na semana passada o percentual para 53%, o que pode representar cerca de 158 mil pessoas a mais nas ruas.
Entre as maiores capitais do País, Belém (PA), Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Salvador (BA) vêm logo em seguida, com os menores níveis de isolamento.
Florianópolis (SC) chegou a ter 65% da população dentro de casa entre 23 e 27 de março. Na semana seguinte, a média caiu para 55%.
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