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Ex-diretor do Ministério da Saúde indicado por Ricardo Barros fez negociação paralela para compra de vacinas

Conversa entre Roberto F. Dias e representante da Davati ocorreu antes de a empresa apresentar proposta oficial ao governo Bolsonaro

Roberto Dias, Bolsonaro e Ricardo Barros (Foto: Anderson Riedel/PR | Alan Santos/PR | Isac Nóbrega/PR)

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247 - O Ministério da Saúde fez negociações paralelas com a Davati Medical Supply antes mesmo de a empresa apresentar proposta oficial ao governo para o fornecimento de vacinas. 

A Folha de S.Paulo teve acesso a mensagens que revelam conversas não oficiais envolvendo Roberto Ferreira Dias, exonerado no último dia 29 da função de diretor de Logística do Ministério da Saúde, Cristiano Carvalho, representante da Davati no Brasil, e Marcelo Blanco, coronel da reserva e ex-assessor de Dias no Ministério da Saúde.

Em uma das conversas, Blanco cita Luiz Paulo Dominguetti, intermediário da Davati nessas negociações, que afirmou em entrevista à Folha no dia 29 de junho ter recebido um pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina por parte de Dias. 

As trocas de mensagens revelam que as negociações começaram antes do envio de proposta oficial ao governo, indicando que o Ministério queria acelerar as conversas, ao passo que houve lentidão por parte do governo nas tratativas feitas diretamente com outros laboratórios, por exemplo a Pfizer.

Roberto Ferreira Dias foi indicado para ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros  (PP-PR). 

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