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Miranda conta à PF que avisou Bolsonaro sobre irregularidades na compra de vacina

“Fiz uma recriação do momento com informações importantes, com toda uma ‘timeline’, com um histórico dos acontecimentos”, disse o deputado Luis Miranda

Miranda conta à PF que avisou Bolsonaro sobre irregularidades na compra de vacina (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | ABr)

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247 - O deputado federal Luis Miranda (DEM-PF) prestou depoimento à Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura se Jair Bolsonaro incorreu no crime de prevaricação ao não comunicar aos órgãos de segurança a existência de suspeitas de corrupção nas tratativas para a compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. Em seu depoimento, realizado nesta terça-feira (27), o parlamentar relatou que informou o caso a Bolsonaro e que o irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, teria sido pressionado para liberar a importação do imunizante apesar das inconsistências do contrato. 

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o deputado também apresentou as mensagens trocadas com o irmão referentes ao caso e que o assunto foi tratado por eles de forma “orgânica”, com naturalidade. No dia 20 de março, ainda segundo ele, o caso foi discutido com Bolsonaro, que teria prometido levar o caso à Polícia Federal. “Fiz uma recriação do momento com informações importantes, com toda uma ‘timeline’, com um histórico dos acontecimentos”, afirmou Miranda. 

Ele também contou que Luis Ricardo informou as irregularidades no contrato para um delegado da Polícia Federal e que o policial poderá testemunhar acerca das pressões feitas sobre o servidor por parte das chefias do ministério.

“Tem um delegado da superintendência da PF que tem conhecimento do caso, que orientou o meu irmão. E, nesse momento, meu irmão falou que não queria dar um depoimento oficial tendo em vista da exposição que seria, né?! E exatamente por ter dado o depoimento ele foi exposto”, disse. 

O contrato para a compra da vacina indiana, produzida pelo laboratório Bharat Biotech, foi intermediado pela Precisa Medicamentos. A suspeita de irregularidades colocou a empresa na mira da CPI da Covid. 

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