Reverendo diz que foi procurado por Dominguetti oferecendo vacinas
Líder religioso nega que estivesse negociando vacinas e diz que estava indicando quem tinha os imunizantes
247 - O reverendo Amilton Gomes de Paula disse nesta terça-feira (03) à CPI da Covid que foi o cabo da PM mineira Luiz Paulo Dominguetti quem procurou sua entidade, a Senah informando ter as vacinas.
“As supostas vacinas chegaram até nós por meio do senhor [Luiz] Paulo Dominguetti Pereira. Apresentando-se como representante de uma empresa americana”, disse.
Falando em terceira pessoa, referindo-se a si, o reverendo disse que Dominguetti o contactou em 16 de fevereiro dizendo ser o representante da empresa Latin Air, e que teria 400 milhões de vacinas AstraZeneca disponíveis para pronta entrega em até oito dias, ao custo de US$ 3,97.
Em depoimento, o reverendo declarou que de forma “humanitária” enviou cartas a governadores e prefeitos indicando quem tinha os insumos para a pronta entrega.
Amilton disse ainda que acreditou nas informações dos representantes da Davati de que existiam doses para pronta entrega. "Entendemos que fomos usados de maneira odiosa para fins espúrios que desconhecemos", declarou.
Questionado pelo senador Fabiano Contarato (REDE-ES) sobre seu real interesse em intermediar uma negociação de vendas de insumos para o Ministério da Saúde, coisa que nunca tinha feito anteriormente, o reverendo disse que foi por "ajuda humanitária", no entanto, foi questionado pelo parlamentar.
“O senhor falou que a Davatti ia realizar doações para a Senah. Daí o interesse do senhor em participar dessa negociação. Por isso que o senhor não checou a fonte. Se havia uma promessa de que o Senah ia receber uma doação, obvio que o senhor teria interesse em que fosse concretizado”, argumentou.
“Também encaminhamos (as propostas) para algumas embaixadas. Inauguramos a Embaixada Mundial pela Paz e recebemos muitos embaixadores que tivemos contatos. Não lembro de quais países”, justifica o reverendo.
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