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Deputados bolsonaristas exigem punição à Vai-Vai com bloqueio de verbas públicas

Polêmica envolve desfile da escola de samba que representou os policiais do batalhão de choque como 'demônios'

No carro da discórdia, Vai-Vai representa os policiais do batalhão de choque como demônios. (Foto: Reprodução/Instagram )

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247 - Políticos ligados à Polícia Militar lançaram uma demanda contundente contra a tradicional escola de samba Vai-Vai, após o polêmico desfile do último sábado (10). Os deputados federais Capitão Augusto (PL-SP) e Dani Alonso, do mesmo partido, enviaram ofícios direcionados ao governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, e ao prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, clamando por medidas punitivas contra a agremiação. Em pauta, a proposta de bloqueio de recursos públicos para a Vai-Vai no próximo ano.

“Proponho que a escola de samba Vai-Vai seja proibida de receber qualquer forma de recurso público no próximo ano fiscal, como forma de sanção pela conduta irresponsável e ofensiva demonstrada. Tal medida não apenas servirá de punição apropriada, mas também como um claro sinal de que ofensas contra as instituições e profissionais de segurança não serão toleradas em nosso estado”, diz ofício para Tarcísio de Freitas. O mesmo pedido foi enviado a Nunes.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o prefeito afirmou não ter recebido o ofício, porém se comprometeu a analisar a solicitação dos parlamentares.

O desfile da Vai-Vai, que abriu os trabalhos no sambódromo do Anhembi, em São Paulo, gerou controvérsias pela representação de uma ala fantasiada de policiais do batalhão de choque, utilizando chifres e asas vermelho-alaranjadas, numa alusão a demônios. Essa associação com a PM provocou indignação entre policiais e políticos, que se pronunciaram veementemente contra a escola de samba.

Em nota, a Vai-Vai esclareceu que seu enredo "Capítulo 4, Versículo 3 – Da rua e do povo, o Hip Hop – Um manifesto paulistano" tinha como propósito realizar uma crítica à concepção de cultura em São Paulo, que exclui manifestações como o hip hop e seus quatro elementos: breaking, graffiti, MCs e DJs. A escola ainda ressaltou que buscou homenagear e dar voz aos artistas marginalizados, destacando o histórico de repressão e marginalização sofrido pelos precursores do movimento hip hop no Brasil.

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