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    Lobão defende a prisão urgente de Bolsonaro

    "Bolsonaro necessita ser preso o quanto antes", publicou o músico Lobão, ex-apoiador de Jair Bolsonaro, no dia em que o País bate novo recorde de letalidade, com 2.842 mortes pelo coronavírus

    Lobão e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)

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    247 - O cantor e compositor Lobão defendeu nesta terça-feira (16) a prisão imediata de Jair Bolsonaro. "Bolsonaro necessita ser preso o quanto antes", disse Lobão pelo Twitter. 

    Defesa da prisão Bolsonaro por Lobão ocorreu após a divulgação de que o Brasil bateu novamente o recorte de mortes diárias por Covid-19, com  2.842 óbitos, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde. 


    Leia também matéria da Rede Brasil Atual sobre a pandemia:

    O Brasil novamente quebra o recorde diário de mortes por covid-19. O número de vítimas chegou a 281.626. Os dados iniciais do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) não levavam em conta as mortes no Rio Grande do Sul, por atraso no envio das informações. Após a divulgação, o estado dos gaúchos contou 502 mortos. Com isso, o número total, nesta terça-feira (16), subiu de 2.340 para 2.842 óbitos. O país enfrenta o pior momento da pandemia até então, com média diária de mortes, calculada em sete dias, de 1.894.

    A covid-19 está fora de controle desde o fim do ano passado, com tendência de aumento no número de casos e mortos. No último período, foram registrados 74.595 novos infectados, totalizando 11.594.204 de adoecidos. A média móvel de contaminados diariamente está em 67.396. Desde 9 de março, o Brasil é o epicentro global do coronavírus: é o país com mais mortos e casos diários no mundo.

    Muitos estados e municípios brasileiros vivem o colapso do sistema de Saúde, sem leitos hospitalares disponíveis. Especialistas argumentam que, acima de 85% da capacidade, a situação já é de pressão sobre o sistema, com criação de filas. E são muitos os estados nesta situação, com destaque para os três do Sul, Paraná (92%), Santa Catarina (99%) e Rio Grande do Sul (98%).

    Mais afetado

    A unidade da federação mais afetada é São Paulo. O estado mais populoso e com maior capacidade hospitalar vê o coronavírus se espalhar com velocidade e tendência de piora. São 63 cidades com 100% de ocupação hospitalar, mais de 10% dos municípios do estado.

    Já são comuns relatos de pessoas que morrem em casa sem atendimento médico, inclusive na capital. Nas últimas 24 horas morreu uma pessoa a cada dois minutos em São Paulo, o recorde diário, com 679 vítimas. Também recorde de novos infectados, com mais de 17 mil casos no período.

    Mudanças no ministério

    Enquanto o Brasil segue submerso na tragédia da covid-19, o Ministério da Saúde permanece à deriva. Da forma como foi desde o início da pandemia. Hoje foi confirmado o quarto ministro durante o período. As alterações frequentes revelam o descaso do presidente Jair Bolsonaro com a covid-19. Ele sempre desdenhou do vírus e atacou medidas de proteção, isolamento, máscaras e até mesmo vacinas.

    Marcelo Queiroga, cardiologista, assumiu o Ministério da Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello. A passagem de Pazuello pela chefia da pasta foi desastrosa. O militar está sendo investigado pela má gestão da pandemia. Pazuello assumiu interinamente o ministério no dia 15 de maio. O país contava 14.817 mortos por covid-19. Deixa a pasta com mais de 281 mil vítimas. E um processo de vacinação errático, com apenas 1,4% da população totalmente imunizada e 4,2% tendo recebido uma primeira dose.

    Mesmo aceitando a subserviência necessária para estar no governo Bolsonaro, Queiroga fez hoje (16) uma primeira declaração como escolhido ministro. E apresentou uma mudança de postura. Ao contrário do negacionismo bolsonarista, o cardiologista reforçou o uso de máscaras, que já foi descrito por Bolsonaro como “coisa de maricas”. “Venho conclamar a população que utilizem máscaras, lavem as mãos, usem álcool gel. Medidas simples e importantes. Assim podemos evitar ter que parar a economia do país”, disse, em aceno contra medidas mais fortes de isolamento social, algo essencial para o atual presidente da República.

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