André Lara Resende critica histeria midiática sobre suposto risco fiscal e defende queda nos juros
O economista destaca que "a dívida pública brasileira não é alta"
247 - O economista André Lara Resende, em artigo publicado no jornal Valor Econômico, rebateu o argumento da mídia corporativa e de analistas econômicos que atrelam um suposto endividamento público a aumentos na taxa de juros.
Em primeiro lugar, destaca o economista, "a dívida pública brasileira não é alta". "É muito mais baixa do que a dos países desenvolvidos e em linha com os países em desenvolvimento, mas com duas diferenças cruciais: é toda em moeda nacional, detida por residentes e o país ainda tem quase 20% do PIB em reservas internacionais", escreve.
Além disso, Lara Resende avalia que "juros altos premiam os rentistas e inviabilizam os investimentos na expansão da capacidade produtiva".
"Quero que o leitor se pergunte porque, mesmo diante de resultados muito mais favoráveis do que o esperado, os analistas e a mídia redobram sua histeria em relação ao tal do 'risco fiscal' e clamam por juros ainda mais altos. A razão é a PEC da Transição, o terceiro governo Lula, dirão. A PEC da Transição autorizou despesas em torno de 2% do PIB. A alta da taxa básica de juros, promovida por canetadas do BC desde o início de 2021, custou quase o dobro desses 2% do PIB, só em 2022. Faz sentido?", questiona o autor, mais adiante no texto.
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