BNDES capta R$ 9 bilhões em primeira emissão de Letras de Crédito de Desenvolvimento
Novo instrumento busca diversificar fontes de recursos e reduzir dependência do FAT
247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluiu sua primeira emissão de Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCD) nesta sexta-feira, captando R$ 9 bilhões. Criadas por lei este ano, as LCDs são uma nova modalidade de título de renda fixa que visa oferecer uma fonte alternativa de funding para os bancos de desenvolvimento. O BNDES é pioneiro em uma emissão desse porte, que segue operações menores realizadas pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), no valor de R$ 71,5 milhões, e pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), que levantou R$ 60 milhões.
Inspiradas nas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e nas Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), as LCDs oferecem vantagens fiscais para investidores: pessoas físicas são isentas de Imposto de Renda (IR), enquanto pessoas jurídicas pagam uma alíquota reduzida de 15%. Além disso, os investidores contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege até R$ 250 mil por CPF.
A emissão do BNDES tem prazo de até cinco anos e apresenta um custo abaixo do DI, índice usado como referência no mercado financeiro e que acompanha de perto a taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano.
O novo instrumento é parte de uma estratégia do BNDES para reduzir sua dependência do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), principal fonte de recursos do banco, mas que enfrenta restrições financeiras crescentes. A atual diretoria tem buscado diversificar o funding por meio de iniciativas como a mobilização de fundos públicos, como o Fundo Clima, que estavam subutilizados.
Em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que a operação reforça a credibilidade das LCDs: “A participação de uma instituição sólida e transparente como o BNDES confere um selo de qualidade ao novo título. Os recursos captados são essenciais para impulsionar investimentos na indústria, infraestrutura e para apoiar micro, pequenas e médias empresas, sem onerar o Tesouro Nacional”. (*Com informações do Globo)
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