Brasil Foods diz que não vai faltar comida para os brasileiros nos supermercados
“Do lado da BRF, não vemos risco de falta de produtos ou desabastecimento e não há preocupação”, destacou uma fonte da empresa
RIO DE JANEIR/SÃO PAULO (Reuters) - A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do Brasil, tem operado normalmente apesar das restrições impostas para a contenção do coronavírus no país, mas se prepara para realizar uma mudança nos canais de suprimento, com supermercados e mercearias demandando mais do que o segmento de “food service”, que atende consumidores que comem fora de casa.
“O que admitimos que pode haver é mudança de canal. Como as pessoas vão deixar de comer fora, você diminui suprimento para ‘food service’ e aumenta para supermercados e mercearias”, disse a fonte próxima da companhia, que pediu para não ser identificada.
“O que muda é mix do canal de venda”, acrescentou.
Após ser procurada, a empresa afirmou que “está atendendo ao mercado, que apresentou migração entre canais, no entanto sem expectativa de alterações relevantes na demanda agregada neste momento”.
“A BRF tem um compromisso com o atendimento da demanda da população por alimentos no Brasil e no mundo”, acrescentou.
Segundo a fonte, a companhia não registrou aumento da produção neste momento em que há maior demanda de supermercados, mas opera dentro de relativa normalidade, adotando as práticas recomendadas para evitar a disseminação da doença.
Na semana passada, a empresa disse em nota que diversas medidas e protocolos vêm sendo adotados para preservar a segurança de todas as pessoas envolvidas em seu contexto operacional, “além de se determinar planos de contingência para sustentação de suas operações”.
Apesar dos protocolos, a empresa está “entregando normalmente, embarcando e suprindo clientes”, disse a fonte.
“Do lado da BRF, não vemos risco de falta de produtos ou desabastecimento e não há preocupação”, destacou, ressaltando que os governos precisam de coordenação, para evitar medidas que eventualmente possam interromper fluxos de mercadorias.
Com relação ao mercado externo, mesmo no auge da crise do coronavírus na China, principal mercado do Brasil, os contratos asseguraram a entrega sem problema, completou.
AURORA TAMBÉM NORMAL
A Cooperativa Central Aurora Alimentos —outra grande produtora e exportadora de alimentos, incluindo carnes de aves e suínos, como a BRF— afirmou em nota nesta quinta-feira que sua base produtiva no campo, com o apoio das 11 cooperativas agropecuárias filiadas, opera normalmente para a geração das matérias-primas essenciais, como aves, suínos, leite e grãos, e que tem seguido as orientações das autoridades para evitar a disseminação do coronavírus.
A companhia disse que “aliando-se aos esforços da sociedade brasileira no combate à pandemia de coronavírus e atendendo orientações do Ministério da Saúde e das autoridades sanitárias, adotou todas as providências para assegurar a saúde, a segurança e o bem-estar de seus mais de 31.000 empregados diretos, bem como o universo de parceiros e terceirizados”.
Declarou também que, “nesse momento particularmente preocupante da vida nacional, a Aurora manifesta seu inarredável compromisso de continuar produzindo alimentos de qualidade para o Brasil e o mundo”.
Na avaliação da Aurora, “essa postura é essencial, pois a eventual falta ou escassez de comida na mesa dos brasileiros tornaria caótico e imprevisível —sob o aspecto de segurança alimentar— um quadro que já é delicado e preocupante sob o aspecto de saúde pública”.
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