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Campos Neto critica moeda comum sul-americana defendida por Lula

Segundo o presidente do BC, com a digitalização financeira, não é preciso ter uma moeda comum entre países para se alcançar os efeitos positivos

Roberto Campos Neto (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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247 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (2), durante evento em São Paulo, que é contrário à instituição de moedas comuns entre os países. O presidente Lula defendeu uma moeda comum para fins comerciais na América do Sul durante a cúpula de presidentes da região, em Brasília, na última terça-feira (30). 

Ao falar em evento do Valor Capital's Crypto Workshop, organizado pelo Valor Capital Group, LLC, Campos Neto destacou as possibilidades que a digitalização financeira traz para conectar os diferentes sistemas de cada país. No entanto, segundo ele, o necessário é considerar "conectar os diferentes sistemas que nós temos". 

Ele defendeu a ideia de que, com a digitalização financeira, não é preciso ter uma moeda comum entre países para se alcançar os efeitos positivos de uma moeda comum. O presidente do BC se disse contrário à adoção de moedas comuns e citou dois episódios em que se falou em uma divisa única entre Brasil e Argentina. "Sempre fui contrário", disse.

O presidente do BC afirmou que uma moeda comum carrega o DNA de dois países. Por isso, as taxas de juros e a inflação seriam uma mistura de ambos. Ao mesmo tempo, ele defendeu a conversibilidade de moedas -- ou seja, a capacidade de uma divisa ser aceita por outros países, sem restrições.

"Uma vez que tivermos mais moedas internacionais, podemos pensar em uma completa conversibilidade", disse o presidente do BC, acrescentando que está nos planos da instituição fazer do real uma moeda conversível. "Mas faremos isso de forma gradual." Campos Neto pontuou que uma moeda que é usada por outros países não é uma "causa", mas uma "consequência" de outros fatores. (Com Reuters). 

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