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Campos Neto desempatou votação no Copom por corte maior de juros

O Comitê de Política Monetária decidiu, por 5 votos a 4, que a Selic vai diminuir 0,5 ponto percentual. Confira também a repercussão entre políticos e no setor produtivo

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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,247 - Pressionado por setores progressistas da sociedade e do governo Lula a baixar a Selic, taxa básica de juros, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deu o voto de desempate que garantiu, por 5 votos a 4, a redução de 0,5 ponto percentual no índice. Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao BC, o percentual vai cair de 13,75% para 13,25%.

De acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (2) pelo jornal O Estado de S.Paulo, Copom também decidiu retirar o “perigo fiscal” do caminho, apesar de o marco fiscal ainda estar em análise no Congresso. Profissionais do mercado esperavam a redução e analisam que o impacto da presença de Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, indicados pelo governo Lula, nas decisões do comitê.

Nos bastidores, corre a ideia de que Galípolo, ex-número 2 do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, é cotado para assumir a presidência do BC quando o indicado por Jair Bolsonaro sair de cena. O mandato de Campos Neto terminará em 31 de dezembro de 2024. 

Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) também demonstraram apoio à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, citou o governo Lula ao comentar a redução dos juros. A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hofmann (PR), fez cobranças ao dirigente do BC por novas reduções da Selic e disse que ele continua sabotando o Brasil. 

Representantes de entidades do setor produtivo também apoiaram a decisão do Copom. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) foram alguns exemplos. 

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