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Campos Neto diz que combate à inflação é instrumento social e defende nível alto dos juros

Presidente do Banco Central está no Senado dando explicações sobre o atual patamar da taxa básica de juros no país, inalterado em 13,75% ao ano desde setembro

Roberto Campos Neto (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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Reuters - O combate à inflação é o maior instrumento social que existe hoje, afirmou nesta terça-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, após defender que o atual nível de juros no país é compatível com o problema inflacionário corrente.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Campos Neto disse que a autarquia faz trabalho técnico com quadro altamente capacitado e busca cumprir seu mandato com o menor custo possível para a sociedade.

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"O Banco Central tem horizonte de atuação técnico que difere por muitas vezes do ciclo político, mas que maximiza o resultado para a sociedade no longo prazo", disse.

Campos Neto ressaltou que a autarquia observa inflação corrente, o hiato do produto e as expectativas de inflação para definir a taxa básica de juros.

O convite para comparecimento do presidente do BC ao Senado para dar explicações sobre o atual patamar da taxa básica de juros no país, inalterado em 13,75% ao ano desde setembro, foi aprovado em março, em meio a ataques do governo à condução da política monetária.

Nos últimos meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma série de críticas ao Banco Central, sob o argumento de que o elevado nível de juros no país contrai excessivamente a atividade econômica e pode resultar em uma crise de crédito. Ele também questionou o sistema de metas para a inflação.

Segundo Campos Neto, as expectativas dos agentes para a inflação são muito importantes e é preciso ter certeza de que elas estão ancoradas. Ele ressaltou que as expectativas estão piorando há 14 semanas.

Campos Neto acrescentou que a situação fiscal do país influencia a atuação do Banco Central ao impactar o canal das expectativas.

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