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Campos Neto quer que o Brasil fale menos de juros e mais de "reformas"

"Precisamos focar em fazer mais e mais reformas", disse ele

Roberto Campos Neto (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil passa "muito tempo" discutindo se as taxas de juros estão subindo ou descendo, mas que é preciso falar de reformas estruturais.

"Precisamos focar em fazer mais e mais reformas. Porque no momento o equilíbrio entre dívida mais alta, taxa neutra mais alta e crescimento estrutural mais baixo é muito prejudicial", afirmou, durante o encerramento do "High Level Seminar", evento promovido pelo BC em São Paulo com dirigentes de bancos centrais de vários países.

Campos Neto pontuou ainda que é preciso perseverar no combate à inflação. "Devemos perseverar na inflação, devemos levar a inflação para a meta", disse.

Os comentários de Campos Neto foram feitos no mesmo evento em que, mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o início do ciclo de cortes da taxa básica Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

"Não se trata de pressão (sobre o BC). Quando você discute tecnicamente o momento adequado de começar o ciclo de cortes, você não está fazendo pressão. Você está levantando questões que são discutidas no mundo inteiro", disse Haddad a jornalistas, logo após abrir o evento.

O ministro também voltou a defender a necessidade de mudança no regime de metas para a inflação, de tal forma que a busca do objetivo não esteja limitada ao ano-calendário. Este deve ser um dos temas discutidos na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) de junho.

No encerramento do evento, Campos Neto não falou especificamente sobre a possibilidade de mudança na dinâmica de cumprimento das metas, mas defendeu que o sistema de metas de inflação "nos serviu muito bem" e que é preciso perseverar com ele.

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