Carrefour diz que cargos de Abílio Diniz ficarão vagos momentaneamente
Executivo era um dos principais acionistas do grupo Carrefour Brasil, e do francês Carrefour, por meio de sua holding de investimentos Península
Reuters - O Carrefour Brasil afirmou na noite do domingo que os cargos ocupados pelo empresário Abílio Diniz, que morreu neste fim de semana aos 87 anos, ficarão vagos momentaneamente, até que o conselho de administração da rede varejista tome decisão sobre seus sucessores.
Diniz morreu vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite. O empresário estava internado no hospital Albert Einstein em São Paulo há alguns dias. O executivo era um dos principais acionistas do grupo Carrefour Brasil, e do francês Carrefour, por meio de sua holding de investimentos Península.
No Carrefour Brasil, Diniz ocupava a vice-presidência do conselho de administração da empresa, maior rede de varejo alimentar do país. O empresário também presidia o comitê de talentos, cultura e integração da rede.
Procurada na manhã desta segunda-feira, a Península não pôde comentar de imediato como fica o plano de sucessão na holding e seus investimentos no grupo Carrefour.
Questionado em 10 de janeiro por jornalistas da CNN Brasil, onde mantinha um programa de entrevistas, sobre planos de sucessão, Diniz respondeu que "nunca me preocupei com o legado, eu gosto do aqui e agora".
NAOURI LAMENTA - O presidente do Grupo Casino Guichard-Perrachon, Jean-Charles Naouri, com quem Diniz travou no início da década passada uma intensa disputa pelo controle do então Grupo Pão de Açúcar, hoje GPA, vencida pelo empresário franco-argelino, lamentou a morte do brasileiro nesta segunda-feira.
"Abilio foi um empreendedor incansável e que acima de tudo jamais abandonou seu otimismo com o Brasil. Seu legado será sempre lembrado como um dos maiores nomes do varejo alimentar no mundo", afirmou Naouri em comunicado à imprensa.
Já o GPA afirmou que Diniz teve uma "significativa contribuição para o crescimento e consolidação do varejo brasileiro" e que "sua liderança e inovações moldaram o setor, impactando positivamente a economia nacional".
Por sua vez, o grupo Casas Bahia, anteriormente chamado de Via Varejo e parte do GPA até 2019, também lamentou a morte do empresário e afirmou que Diniz "ajudou a construir a história da nossa marca. Que o legado dele perdure como inspiração para todos nós".
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