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CEO da Americanas indica participação de PwC e KPMG em fraude

O CEO Leonardo Coelho Pereira apresentou uma série de evidências que supostamente provam a fraude contábil na varejista

Leonardo Coelho Pereira (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

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247 - Na CPI que investiga a fraude contábil da varejista Americanas, o CEO Leonardo Coelho Pereira apresentou emails e outras trocas de mensagens que supostamente provam que os balanços da empresa foram intencionalmente alterados para inflar artificialmente os lucros. Ele também indicou a possível participação das empresas de auditoria globais PwC e KPMG na fraude. 

Durante sua fala inicial na CPI, Pereira afirmou: "Essas informações não me permitem tratar [o caso] como simples inconsistências contábeis". Nesta terça-feira (13), a empresa divulgou um comunicado relevante no qual, pela primeira vez desde que o caso veio à tona em janeiro deste ano, mencionou explicitamente a situação como uma fraude.

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Pereira apresentou uma troca de emails com a KPMG na qual a carta final com as recomendações da auditoria é discutida em busca de uma redação final. Nessa discussão, a auditoria substitui as recomendações para o conselho de administração por "recomendações que merecem atenção da administração". Essa mudança nas palavras supostamente reduziu a gravidade do problema, dando a entender que os problemas não precisavam ser levados ao conselho de administração, que é a instância máxima da empresa, e poderiam ser tratados apenas no nível da diretoria.

Em outra série de documentos, Pereira destacou uma "carta que sugere que a PwC estava indicando como redigir um texto no qual o tema do risco sacado [mecanismo utilizado para operacionalizar a fraude] não ficasse claro". 

No que diz respeito aos casos envolvendo as auditorias, Pereira observou que as informações ainda precisavam de mais contexto, uma vez que documentos falsificados foram apresentados a elas.

Os documentos exibidos por Coelho mostram que a Americanas supostamente tinha uma demonstração financeira interna classificada como "visão interna", que foi diferente daquela divulgada ao mercado no ano de 2021, chamada de "visão conselho". A visão interna mostrava prejuízo operacional, enquanto a demonstração divulgada foi de lucro.

Além disso, os documentos mostram comunicações de ex-diretores da empresa que supostamente comprovariam a fraude de contratos de publicidade com fornecedores, e tentativa de esconder operações de risco sacado. (Com Reuters). 

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