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China não é capaz de dar socorro econômico a Putin, diz Paul Krugman

"Mesmo que a China não tenha aderido às sanções, o país é profundamente integrado com a economia mundial", escreve o Nobel de Economia

Paul Krugman (Foto: Reuters)

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247 - Escreve o economista Paul Krugman, Nobel de Economia em 2008, em artigo no Estado de S.Paulo

"Mas a China é capaz de dar socorro econômico para Putin? Eu diria que não, por quatro razões.

Primeiramente, a China, apesar de ser uma potência econômica, não está em posição para fornecer algumas coisas que a Rússia precisa, como peças de reposição para aviões fabricados no Ocidente e chips semicondutores de última geração.

Em segundo lugar, mesmo que a China não tenha aderido às sanções, o país é profundamente integrado com a economia mundial. Isso significa que bancos e outras empresas chinesas, da mesma maneira que as corporações ocidentais, poderão adotar autossanções — ou seja, ficarão relutantes em fazer negócios com a Rússia por medo de reações negativas de consumidores e agências reguladoras nos mercados mais importantes.

Em terceiro lugar, China e Rússia são muito distantes geograficamente. Sim, os países compartilham fronteira. Mas a maioria da economia russa se localiza a oeste dos Urais, enquanto a maioria da economia chinesa se localiza nas proximidades da costa leste do país. Pequim fica a 5,6 mil quilômetros de Moscou, e a única maneira prática de mover mercadorias através dessa vastidão é por meio de um punhado de linhas de trem já sobrecarregadas.

Finalmente, um ponto que, considero, não recebe tanta ênfase é a extrema diferença em termos de poder econômico entre Rússia e China".

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