HOME > Economia

Com indicação de Galípolo para diretoria do BC, governo traça estratégia para controlar Copom e garantir redução dos juros

Objetivo é obter maioria dos votos no Comitê de Política Monetária e redefinir a taxa básica de juros, atualmente em 13,75%. Brasil tem a maior taxa de juros real do mundo

Gabriel Galípolo (à esq.) e Fernando Haddad (Foto: ABR)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - A indicação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central (BC) abriu espaço para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definir uma estratégia visando garantir maioria no Comitê de Política Monetária (Copom) do BC até o final de 2023. O Copom é responsável por definir a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 13,75%, a mais alta do mundo. 

Segundo o jornal O Globo, “para alcançar a ‘maioria', a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai trabalhar para atrair mais um diretor, de acordo com integrantes do governo". Além de Galípolo, Haddad também indicou Ailton de Aquino Santos para a Diretoria de Fiscalização da autoridade monetária e o governo poderá fazer mais duas indicações em dezembro. Todas as indicações precisam passar pelo crivo do Senado.

>>> Indicação de Galípolo para direção do BC visa presidência da instituição antes de 2024 

"Para o governo, esse cenário vai trazer mais discussões internas sobre o patamar dos juros. E isso será puxado por alguém respeitado pelo mercado e pelo governo, na visão da Fazenda”, ressalta o periódico. O mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, termina em 2024 e Galípolo é apontado como o provável sucessor, podendo assumir o comando da instituição antes do prazo previsto.

Na semana passada, o Copom manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Aliados do governo Lula, assim como representantes da indústria e do empresariado, criticaram o alto percentual sob o argumento de que a Selic está dificultando o acesso da população ao crédito e, por consequência, ao consumo. 

O presidente do BC cita a inflação como justificativa para manter o patamar da Selic em 13,75%.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: