Com mundo em crise, começa mais um G20
No encontro, Dilma mencionou as dificuldades da conjuntura internacional; "Infelizmente o quadro econômico mundial não avançou muito desde julho último. Chegamos ao final de 2014 vendo frustradas nossas expectativas iniciais de recuperação da economia mundial", disse; "Em meio às dificuldades da conjuntura internacional, foi fundamental que, em nosso último encontro, no Brasil, tivéssemos aprovado a criação de dois importantes instrumentos, o Banco de Desenvolvimento do Brics e o Acordo Contingente de Reservas, para potencializar nossa atuação econômica e financeira"
Começou há pouco em Brisbane, na Austrália, o primeiro evento da 9ª Cúpula do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo e a União Europeia. Os chefes de Estado e de Governo dos países que integram o grupo participam neste momento de uma reunião privada no plenário do Parlamento de Queensland, estado australiano onde ocorre o evento.
Com a diferença de doze horas em relação ao horário de Brasília e primeira rodada de conversas reservadas começou por volta das 10h de sábado (22h de hoje em Brasília). Um pouco antes, os chefes de Estado dos cinco países que compõem o Brics estiveram reunidos.
No encontro, Dilma mencionou as dificuldades da conjuntura internacional. "Infelizmente o quadro econômico mundial não avançou muito desde julho último. Chegamos ao final de 2014 vendo frustradas nossas expectativas iniciais de recuperação da economia mundial", disse. "Em meio às dificuldades da conjuntura internacional, foi fundamental que, em nosso último encontro, no Brasil, tivéssemos aprovado a criação de dois importantes instrumentos - o Banco de Desenvolvimento do Brics e o Acordo Contingente de Reservas -, para potencializar nossa atuação econômica e financeira", acrescentou.
O encontro com os presidentes da Rússia, Índia, China e África do Sul ocorreu no Hotel Royal on the Park. O mesmo hotel onde a presidenta Dilma Rousseff está hospedada e recebeu nesta sexta-feira (14) o primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu.
Reuniões de grupos e bilaterais à margem da programação oficial do evento costumam ser comuns na Cúpula do G20, desde o primeiro encontro, em 2008, nos Estados Unidos. A previsão mais atualizada é que Dilma encontre-se separadamente com os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da China, Xi, Jinping.
Após um dia majoritariamente de reuniões com ministros e assessores que a acompanham, Dilma cumpre neste sábado agenda com várias formalidades do evento. Ela discursa na primeira sessão plenária da Cúpula, marcada para as 15h15, horário local, após participar de almoço oferecido a todos os chefes de Estado pelo primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, e de uma cerimônia aborígene de boas-vindas ao país anfitrião. Mais tarde, estão previstas a fotografia oficial, uma recepção promovida por Abbott, um jantar de trabalho dos chefes de Estado e uma apresentação cultural.
Com a meta de implementar medidas adicionais que acelerem a economia mundial, de modo achegar em 2018 com incremento de 2 pontos percentuais no crescimento global, os líderes do G20 serão convidados a apresentar resultados do que já fizeram até o momento. Dentre as mais de 900 propostas feitas por todos os países, o Brasil deve apresentar os investimentos emparceria com o setor privado na melhoria de rodovias, ferrovias, aeroportos e portos.
Os países do G20 representam cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 60% da população do planeta. Além da infraestrutura, a regulação financeira e a troca automática de informações tributárias são temas que foram debatidos ao longo do ano em diversas reuniões entre representantes dos membros do G20, e que terão seu desfecho nesta cúpula. Um dos tópicos deve tratar da melhoria da capacidade dos grandes bancos de absorver perdas caso tenham problemas e fiquem à beira da falência.
A questão da eficiência energética e a participação de jovens e mulheres no mercado de trabalho também são assuntos que deverão ser discutidos. Os governantes desejam estipular, por exemplo, o compromisso de reduzir em 25%, até 2025, a diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho, incentivando assim uma maior participação feminina em atividades produtivas.
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