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"Conseguimos 'abrasileirar' os preços da Petrobrás e o resultado foi bom para o Brasil e para a empresa", diz Jean Paul Prates

Na entrevista, Prates também afirmou que a Petrobrás ainda não pode se posicionar sobre a eventual aquisição da Braskem e negou interesse na recompra da BR Distribuidora

(Foto: Jean/pt.org.com, petrobras/infomoney.com)

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247 – Na manhã desta quarta-feira, 19 de julho, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, concedeu uma entrevista coletiva no CENPES (Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello), abordando questões relacionadas à política de preços da empresa, a possível aquisição da Braskem e a questão da distribuição, entre outros temas. Durante a entrevista, Prates destacou a importância de adequar os preços da Petrobrás à realidade brasileira, além de ressaltar a posição estratégica da empresa no mercado nacional.

De acordo com Prates, a antiga política de preços da Petrobrás, conhecida como PPI (preço de paridade de importação), gerava uma espécie de "hipnose coletiva" e não levava em consideração as peculiaridades e necessidades do mercado interno. Ele afirmou que, ao "abrasileirar" os preços, seguindo a visão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a empresa obteve resultados positivos tanto para o Brasil quanto para a Petrobrás.

O presidente da Petrobrás também mencionou que, durante o processo de reestruturação da empresa, foi identificado que ela estava sendo preparada para ser vendida. Ele ressaltou que o foco estava voltado para o curtíssimo prazo e alta rentabilidade, o que poderia resultar na venda de várias refinarias e outros ativos.  "A Petrobrás ficaria fora do Nordeste, de Minas Gerais, do Norte e do Sul, sobrando uma espécie de 'Petrosudeste', com foco no curtíssimo prazo", disse ele. No entanto, Prates enfatizou que a Petrobrás tem um acionista controlador, que é o governo brasileiro, e que este considera a permanência da empresa sob o controle estatal como algo estratégico tanto para o Brasil quanto para a própria Petrobrás.

Petroquímica e distribuição – Quanto à questão da aquisição da Braskem,  colocada à venda pela Novonor (antiga Odebrecht), Prates afirmou que, por enquanto, a Petrobrás não pode se posicionar, pois faz parte da estratégia de quem possui o direito de preferência, que é a própria Petrobrás. Ele também negou qualquer interesse na recompra da BR Distribuidora, destacando que a empresa está analisando com cautela o retorno à distribuição e que está em processo de diálogo com a Vibra, empresa que adquiriu a BR Distribuidora. "Bater na mesa seria uma presepada", disse ele. "Temos que ser responsáveis", acrescentou.

Por fim, Prates ressaltou a busca da Petrobrás por gás natural, independentemente da sua localização, reafirmando o compromisso da empresa em explorar as oportunidades existentes nesse mercado. E também disse que o grande foco da empresa nos próximos anos será a transição energética.

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