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Copom está isolado, diz ex-diretor do Banco Central após Focus projetar queda na inflação e juros

Nesta segunda, os analistas do mercado financeiro anteciparam de setembro para agosto a projeção para cortes da taxa Selic

Luiz Carlos Mendonça de Barros, Roberto Campos Neto e Banco Central (Foto: Reprodução/Youtube | Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | Adriano Machado/Reuters)

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247 - O ex-diretor do Banco Central Luiz Carlos Mendonça de Barros foi ao Twitter nesta segunda-feira (19) comentar a melhora nas perspectivas econômicas sob o governo Lula, pressionando para que a autoridade monetária inicie uma redução na taxa básica de juros, mantidas a 13,75%, o maior nível desde janeiro de 2017.

"A Faria Lima acordou mais cedo para a forte desinflação que ocorre desde a segunda metade de 2022 e deixou o Copom em posição isolada - e agora insustentável - de que vivemos uma situação de desancoragem das expectativas dos agentes econômicos em relação à inflação", escreveu Barros, que também presidiu o BNDES, em sua conta na rede social. O Copom (Comitê de Política Monetária) fará sua próxima reunião nos dias 20 e 21 junho para discutir os rumos da taxa Selic e a situação econômica do Brasil.

O economista aludia ao fato de que, nesta segunda, os analistas do mercado financeiro anteciparam de setembro para agosto a projeção para cortes da taxa Selic, segundo o Sistema de Expectativas de Mercado, base de dados do Boletim Focus do Banco Central. A avaliação vem após a projeção de desinflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O maior tombo foi da expectativa para o IPCA deste ano, de 5,42% para 5,12%, uma queda de 0,30 ponto porcentual em apenas uma semana. Um mês antes, a mediana era de 5,80%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção cedeu de 4,04% para 4%. Há um mês, era de 4,13%. Os dados refletem uma melhora das perspectivas econômicas e aumentam a pressão sobre o presidente do BC, Roberto Campos Neto, a reduzir a taxa básica de juros. 

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