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    “É impossível atravessar 2021 sem auxílio emergencial”, diz Mercadante

    O ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo afirma que, para financiar o programa social, o caminho é a tributação dos mais ricos. Veja na TV 247

    Aloizio Mercadante (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)

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    247 - O ex-ministro Aloizio Mercadante, hoje na presidência da Fundação Perseu Abramo, falou à TV 247 sobre o cenário econômico para 2021 e afirmou que a pandemia de Covid-19, ainda que a vacina traga boas projeções, deve continuar prejudicando a economia mundial e brasileira.

    Mercadante lembrou que o Brasil está atrasado na corrida pela imunização da população e que isso afeta diretamente uma onda de recuperação que poderia surgir com a superação da doença. Além deste fato, o ex-ministro ressaltou que a taxa de desemprego em alta e o fim do auxílio emergencial tornam a situação social do país ainda mais dramática. Para ele, não há outra saída a não ser a prorrogação do auxílio, baseada na maior tributação dos ricos para o financiamento do benefício.

    “O Orçamento está completamente comprometido, vai ser um desafio econômico, social e político muito grande. Evidente que a vacina chegando no mundo, superando a pandemia, abre um cenário importante, de recuperação, de reconstrução, e isso vai gerar uma perspectiva melhor para o Brasil a médio prazo. Mas o país está entrando muito tarde na vacina. Cerca de 50 países já estão vacinando, na América Latina já são cinco países, nós estamos chegando muito tarde, não temos segurança no calendário, não temos uma logística e não temos uma vacina para 220 milhões de pessoas. Então acho que a pandemia vai continuar castigando a economia e temos uma situação social muito delicada. Não dá para atravessar esse período sem um novo auxílio emergencial”, afirmou.

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