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Efeito Lula: Ibovespa tem 9 altas semanais consecutivas pela primeira vez na história, apesar de BC

Nos últimos cinco dias, o indicador aumentou 0,18%, mesmo com a repercussão dos juros de 13,75% anunciados pelo Banco Central

Luiz Inácio Lula da Silva e Bolsa de Valores (Foto: Ricardo Stuckert - PR / Amanda Perobelli - Reuters)

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247 - Pela primeira vez na história, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), fechou pela nona semana seguida em alta. A série de dados iniciada em 1994 pelo Valor Data. Nos últimos cinco dias, o indicador aumentou 0,18%. Teve alta de 0,04% nesta sexta-feira (23). O Ibovespa chegou a apresentar queda de 1,23%, na quinta-feira (22), quando atingiu 118.934 pontos, após ter alcançado mais de 120 mil pontos no dia anterior.

Alguns fatores contribuíram para as altas do Ibovespa. O projeto do arcabouço fiscal foi apresentado no Congresso Nacional. O governo lançou um projeto de estímulo à indústria automobilística, com desconto para automóveis varia de R$ 2 mil a até R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil. Outra medida foram os R$ 11 bilhões anunciados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor agropecuário no primeiro semestre de 2023. De acordo com o Índice de Confiança do Consumidor, a confiança do brasileiro na economia é a maior em dez anos.

A queda apresentada pelo Ibovespa na quinta-feira (22) foi consequência da repercussão do comunicado divulgado na última quarta-feira (21) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), que manteve a Selic, taxa básica de juros, em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva. A expectativa era a de redução do percentual. 

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viu a decisão do Banco Central como uma guerra declarada. A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann (PR), cobrou de senadores a análise de uma proposta com o objetivo de dar a parlamentares a autonomia para tirar executivos da autoridade monetária.

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) foram contrários à decisão do Banco Central. Nas redes internautas criticaram Roberto Campos Neto. 

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