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    "Taxa de juros está errada e Brasil pode entrar numa recessão muito séria", alerta André Lara Resende

    Idealizador do Plano Real, o economista coordena o núcleo de estudos estratégicos do BNDES e vê com temor o cenário macroeconômico

    André Lara Resende (Foto: Unicamp/Divulgação)

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    247 - O economista André Lara Resende, criticou a taxa de juros de 13,75% estabelecida pelo BC e afirmou que ela, dentro dos objetivos determinados na lei que deu autonomia à instituição, está errada.

    “Faz sentido nesse contexto você ter uma taxa de juros que há dois anos nesse nível? Claramente não. Os objetivos do Banco Central, determinados na lei que deu autonomia ao Banco Central são o controle da inflação, a estabilidade do sistema financeira e a garantia do pleno emprego. Obviamente essa taxa de juros de 13,75%, é incompatível com esses objetivos. Ela está errada”, disse.

    Lara, que é um dos idealizadores do Plano Real, ex-diretor do Banco Central e recém nomeado para a Comissão de Estudos Estratégicos do BNDES, participou do Canal Livre, que vai ao ar neste domingo (12) às 20h00, na BandNews TV e à meia noite, na Band.

    “A taxa de juros básica hoje de 13.75% está correta? Na minha opinião não, está profundamente errada. Assim como acho que a taxa muito baixa, abaixo de 3% também estava errada. Porque o mercado financeiro não deve sofrer mudanças bruscas de direção. Então a condução da política monetária deve ser suave, com direcionamento e previsibilidade. Essa taxa hoje é muito alta. No mundo hoje todos os países avançados têm taxas de juros real, ou seja, a taxa nominal reduzida à taxa de inflação negativa. Ainda que esteja todas subindo, todas as taxas nominais estão em processo de ajuste para cima, porque se saiu de um período de deflação para um período de recuperação, em todo o mundo as taxas estão subindo, mas continuam negativas”, explicou.

    O economista também mencionou as quebras no varejo, vistas nos casos do rombo bilionário da Americanas e da crise na Marisa, como fatores que levam os bancos a restringirem a oferta de crédito, o que pode gerar um efeito cascata e uma 'recessão séria'.

    "O fato de que tivemos quebras no varejo leva os bancos a retraírem drasticamente o crédito. Assim, você agrava o processo de desaquecimento da economia e coloca o país em uma possível recessão muito séria", apontou.

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