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Ex-CEO, Rial protege o trio caloteiro da Americanas, que teria ficado "surpreso" com rombo bilionário da empresa

Lemann, Telles e Sicupira “não tiveram nenhuma outra ação senão a tentativa de revelar a verdade”, afirmou Rial, apesar dos indícios de fraude

Sérgio Rial, fachada das Lojas Americanas, Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado | REUTERS/Ueslei Marcelino | Divulgação)

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247 - O ex-CEO da rede varejista Americanas Sérgio Rial afirmou durante depoimento à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, realizado nesta terça-feira (28), que não houve uma “predisposição  da área contábil da companhia em informar o real tamanho do rombo fiscal, que levou a uma dívida de cerca de R$ 43 bilhões. Apesar disso, Rial tentou blindar os acionistas de referência da rede - os bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles - ao afirmar que eles teriam ficado “surpresos” ao tomarem conhecimento da real situação da empresa.

“Os sócios se mostraram absolutamente surpresos e não tiveram nenhuma outra ação naquele momento senão a tentativa, primeiro, de revelar a verdade”, disse Rial, segundo a revista Crusoé. De acordo com o site O Antagonista, ele ressaltou que as informações eram repassadas “a conta-gotas” pelo setor financeiro da companhia. 

“Do dia 4 ao dia 11 eu não recebi algo no papel, eu não recebi algo como se fosse um mapa — eu extraía a conta-gotas as informações, dia após dia, de maneira incessante, com o ex-diretor financeiro”, afirmou. “O que eu sabia é que a empresa tinha muito mais dívida bancária do que o reportado — e o que eu não sabia era como conseguiam fazer isso por tanto tempo e o porquê”, acrescentou. 

Ainda segundo ele, “a dívida bancária da empresa, que no 3º Trimestre [de 2022] era de R$ 19 bilhões, com o número [extra] que eu vi de R$ 15,9 bilhões, a dívida bancária dessa empresa se torna R$ 35, 36 bilhões. Com um patrimônio líquido de R$ 16 bilhões, eu tenho a partir daquele momento a absoluta consciência de que a empresa tem estrutura patrimonial de insolvência”. 

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