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FUP reivindica à Petrobrás o retorno de trabalhadores demitidos "arbitrariamente" da Rlam, vendida pelo governo Bolsonaro

De acordo com Federação Única dos Petroleiros, "foram quase 700 pessoas transferidas arbitrariamente" após a privatização da Refinaria Landulpho Alves

Refinaria de Mataripe (Foto: Saulo Cruz/MME)

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247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) encaminhou um documento à Petrobrás, solicitando que os trabalhadores transferidos da antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam) por consequência de sua venda, tenham a opção de retornar à unidade, rebatizada como Refinaria de Mataripe, município de São Francisco do Conde, na Bahia.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende retomar o controle da refinaria, vendida por US$ 1,65 bilhão, mas, de acordo com o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP), a unidade estaria avaliada entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões.

Segundo o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, após a privatização, "foram quase 700 pessoas transferidas arbitrariamente, sem qualquer negociação com o Sindipetro Bahia e nem com a FUP, muito menos com os trabalhadores e trabalhadoras". O governo Jair Bolsonaro privatizou o empreendimento em dezembro de 2021, quando passou a ser controlada pela Acelen, a Rlam contava com cerca de 830 empregados, acrescentou a FUP.

Na semana passada, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, informou que equipes da empresa e do fundo árabe Mubadala Investment Company vão intensificar, a partir de agora, trabalhos conjuntos para finalizar, ainda no primeiro semestre, a nova configuração societária e operacional da Refinaria Landulpho Alves, situada em Mataripe, na Bahia. A refinaria foi privatizada no ano passado e vendida aos árabes.

Na mensagem, postada terça-feira (13), Prates disse que a parceria com os árabes vem sendo construída há alguns meses para recuperar a operação da Landulpho Alves pela Petrobras, ao mesmo tempo em que há decisão de ampliar e aprimorar conjuntamente o empreendimento de biocombustíveis do grupo estrangeiro no Brasil. Prates informou que mais detalhes e andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo.

As informações foram dadas por Prates após sair de reunião, em Abu Dhabi, com o Deputy Group, Chief Executive Officer de Mubadala Investment Company e presidente do Conselho da Mubadala Capital, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, com o qual mantém conversas desde o início do ano passado sobre os investimentos do fundo no Brasil.

* Com informações da Agência Brasil

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