Gabas defende mudança no cálculo da aposentadoria
"Em média, a expectativa de vida chega a 84 anos e a idade média da aposentadoria por tempo de contribuição é de 54 anos. Então, o cidadão fica 30 anos, em média, recebendo aposentadoria. Não há sistema que aguente", afirma o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas; segundo ele, o governo deve rever o fator previdenciário: "O fator previdenciário é ruim porque não cumpre o papel de retardar as aposentadorias. Agora nós precisamos pensar numa fórmula que faça isso e defendo o conceito do 85/95 como base partida. As centrais concordam com isso", diz ele; o sistema soma a idade do tempo de serviço – 85 para mulheres e 95 para homens
247 – O governo estuda aplicar mudanças na fórmula de aposentadoria. É o que revela o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas: “O fator previdenciário é ruim porque não cumpre o papel de retardar as aposentadorias. Agora nós precisamos pensar numa fórmula que faça isso e defendo o conceito do 85/95 como base partida. As centrais concordam com isso”, disse ele em entrevista ao ‘Estado de S. Paulo’. O esquema proposto soma a idade do tempo de serviço – 85 para mulheres e 95 para homens.
Ele afirma que o sistema precisa acompanhar a dinâmica da sociedade: “Nos últimos dez anos, a expectativa de vida no Brasil subiu 4,6 anos. Em média, a expectativa de vida chega a 84 anos e a idade média da aposentadoria por tempo de contribuição é de 54 anos. Então, o cidadão fica 30 anos, em média, recebendo aposentadoria. Não há sistema que aguente”.
Dentro do pacote de ajustes anunciados pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o governo já anunciou medidas de restrição em benefícios previdenciários, como pensões por morte e auxílio-doença, que custou à União R$ 120 bilhões em 2014 (leia mais).
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