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    Governo Bolsonaro prepara MP que pode deixar 500 mil pessoas sem acesso ao BPC

    Medida provisória em estudo pelo governo altera os critérios de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas com deficiência de baixa renda e idosos, o que poderá deixar cerca de 500 mil pessoas sem o auxílio

    Bolsonaro admite rever BPC e reduzir idade mínima para mulher se aposentar (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - O governo Jair Bolsonaro prepara uma medida provisória para alterar os critérios de concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas com deficiência de baixa renda e idosos. A alteração deverá deixar cerca de 500 mil pessoas sem acesso ao benefício caso o limite de renda do programa fosse ampliado. 

    Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a medida já está em análise pela Casa Civil, embora não seja unanimidade dentro do governo. A MP também deverá resultar em atritos com o Congresso, que já tentou ampliar o acesso da população ao programa. Atualmente, o BPC é pago a cerca de 4,9 milhões de pessoas. 

    A MP em estudo pelo governo reestabelece o critério de concessão ao o BPC para quem tem renda domiciliar de até 1/4 de salário mínimo por pessoa (R$ 261,25). O valor já vigorava em 2020, mas um artigo da lei que implantou o auxílio emergencial possibilitava o acesso para quem tinha renda domiciliar de até 1/2 salário mínimo (R$ 522,50), conforme o grau de vulnerabilidade. 

     

    A edição da MP ainda este ano é vista como necessária para evitar a descontinuidade do programa, mas nem a Casa Civil, e nem os ministérios da Cidadania ou da Economia querem se responsabilizar pela medida, que deverá gerar um desgaste político para o governo. 

     

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