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Grave retrocesso: mais 115 milhões de pessoas empurradas para a extrema pobreza no mundo

O Banco Mundial estima que, enquanto fortuna de bilionários cresceu 27% em 2020, mais de 115 milhões de pessoas foram empurradas para a extrema pobreza, número que pode crescer a 150 milhões em 2021

Pobreza aumenta na América Latina (Foto: © ARTURO PÉREZ ALFONSO/CUARTOS)

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247 - Dados do Banco Mundial apontam que a pandemia da Covid-19 elevou a situação de pobreza no mundo. Segundo os dados, a pobreza extrema deve avançar no mundo pela primeira vez em mais de duas décadas. A informação é da BBC Brasil.

Estima-se que somente em 2020, serão 115 milhões de pessoas empurradas a essa situação, número que pode crescer a 150 milhões em 2021. Pelo critério do Banco Mundial, a extrema pobreza é caracterizada por uma renda diária de até US$ 1,9 (cerca de R$ 10).

Já os bilionários do mundo têm visto a fortuna crescer durante a pandemia. Entre abril e julho deste ano, o aumento foi de 27,5%, para US$ 10,2 trilhões, uma cifra recorde. Segundo o estudo, os ultra-ricos se beneficiam especialmente ao investir no mercado acionário na baixa, entre março e abril, quando o mundo entrou em quarentena, e lucraram em seguida com a recuperação do preço das ações.

Ainda de acordo com o órgão, esta será a primeira alta da estrema pobreza no mundo desde 1998, quando a crise financeira asiática provocou um choque na economia global.

Com o golpe, o Brasil já vivia esse retrocesso. Conforme os dados da Pnad Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019 13,88 milhões de brasileiros viviam nessa condição, cerca de 170 mil mais do que no ano anterior.

Em 2020, o pagamento do auxílio emergencial amorteceu o efeito da crise, especialmente entre as famílias de baixa renda. Mas com a decisão do governo Jair Bolsonaro de interromper o pagamento do benefício, a situação deve agravar.

O Banco Mundial afirma que a meta de reduzir a extrema pobreza ao nível máximo de 3% da população global até 2030 é inalcançável sem a "implementação rápida de políticas significativas e substanciais".

O relatório indica que a pobreza deve crescer neste e no próximo ano em países que já têm um nível elevado de pobreza — 82% do total estimado seria em países classificados como de renda média.

Antes da pandemia, contudo, o ritmo de redução da pobreza global vinha desacelerando.

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