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Haddad se aproxima de Lira e fecha aliança com Centrão para o governo

Ministro da Fazenda conseguiu vitórias importantes junto ao Congresso, ampliou seu capital político e quer fortalecer base aliada do governo

Arthur Lira e Fernando Haddad (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino)

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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), tem se aproximado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como parte de uma estratégia de parceria com líderes parlamentares para, desta forma, selar uma aliança sólida para o governo federal com o Centrão. Segundo o UOL, dentre as metas prioritárias estão a aprovação de novas normas para gastos, o fortalecimento dos recursos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) com a reintrodução do voto de qualidade - mecanismo em que o presidente do colegiado desempata casos de empate - e a reforma tributária.

Embora projetos de grande relevância tenham avançado no Congresso, eles ainda não foram completamente aprovados. O novo arcabouço fiscal já conquistou o aval da Câmara, mas passou por alterações no Senado, que agora serão analisadas pelos deputados após o recesso parlamentar. Tanto a reforma tributária quanto o Carf já tramitaram na Câmara e aguardam a análise do Senado.

Em meio às negociações pela reforma tributária, o governo Lula destinou um valor recorde de emendas parlamentares: R$ 7,5 bilhões em apenas dois dias. O partido de Jair Bolsonaro, o PL, recebeu R$ 699,8 milhões, enquanto o PP, liderado por Lira, foi agraciado com R$ 660 milhões e o PSD, terceira legenda que mais recebeu recursos, obteve R$ 611,2 milhões.

Após o primeiro semestre, Haddad conquistou maior reconhecimento e aceitação. Uma pesquisa recente realizada pela Quaest revelou que 78% das menções a Haddad nas redes sociais foram positivas, marcando uma significativa evolução em relação ao primeiro levantamento, que apontava apenas 10% de menções positivas.

Ainda segundo a reportagem, um parlamentar governista afirmou que as aprovações de projetos econômicos só foram possíveis porque o ministro compreendeu que a dinâmica entre o Executivo e o Legislativo havia mudado e que "a economia ajudou Haddad no casamento com o centrão. A inflação em junho foi de - 0,08%, existem elementos para queda dos juros e a retomada econômica é uma possibilidade palpável”.

Segundo ele, a Câmara já não atua mais apenas como uma mera chanceladora das propostas do governo federal, mas sim como um espaço onde as propostas são construídas pelos parlamentares, principalmente aqueles do centrão, que compõem a maioria das bancadas. Além de Haddad, a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), também é destacada por sua atuação positiva na relação com o Congresso.

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