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    Haddad vê menos turbulência do que o esperado nos mercados como reação à quebra do banco SVB

    Haddad reconheceu que "a ação do Fed ao longo do final de semana foi positiva", oferecendo garantias aos correntistas

    Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva de imprensa em Brasília 12/01/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    (Reuters) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que a reação do mercado à crise bancária dos Estados Unidos está sendo menos turbulenta do que o temido no início do dia e disse ter conversado no fim de semana com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o tema.

    "Estou recebendo informações sobre o episódio. Não é que não esteja turbulento, mas está menos turbulento do que nós imaginávamos na abertura dos pregões", disse Haddad a jornalistas ao ser questionado nesta tarde sobre as repercussões da falência do banco norte-americano Silicon Valley Bank.

    Mais cedo, Haddad disse que conversou com Campos Neto no fim de semana sobre a falência do SVB e seu impacto no Brasil, e elogiou a resposta do Federal Reserve ao colapso do credor norte-americano.

    "É grave o que aconteceu. Nós vamos ver ao longo do dia... se a autoridade monetária no Brasil vai ter que tomar alguma providência em virtude dos efeitos (do colapso do SVB) sobre as economias periféricas; isso não está claro ainda", disse Haddad em evento organizado pelos jornais Valor Econômico e O Globo.

    O Ibovespa fechou o dia em queda de 0,55%, após recuar mais de 1% no começo do dia em uma reação inicial mais nervosa a preocupações com o SVB. O dólar à vista teve alta de 1,16%.

    Embora tenha dito que as informações dos EUA ainda não são suficientes para se saber o tamanho do problema, Haddad reconheceu que "a ação do Fed ao longo do final de semana foi positiva", oferecendo garantias aos correntistas. "Isso é a primeira providência que a autoridade monetária tem para evitar uma corrida bancária", disse o ministro.

    Autoridades do governo e do banco central dos Estados Unidos lançaram medidas de emergência no domingo para reforçar a confiança no sistema bancário após a falência do Silicon Valley Bank, e posteriormente do Signature Bank de Nova York, ter ameaçado desencadear uma crise financeira mais ampla no país.

    O Fed, por exemplo, anunciou que disponibilizará financiamento adicional por meio de um novo Programa de Financiamento a Prazo para Bancos, que oferecerá empréstimos de até um ano a instituições depositárias, garantidos por títulos do Tesouro e outros ativos detidos por essas instituições.

    O SVB foi fechado repentinamente na última sexta-feira após um aumento de capital fracassado. Nesta segunda-feira, os mercados globais mostravam grande instabilidade, com investidores pesando os riscos do setor financeiro contra as medidas de apoio institucionais e esperanças de que o Fed modere seu aperto monetário já a partir deste mês.

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