TV 247 logo
    HOME > Economia

    Ibovespa fecha em alta de 0,7% e dólar cai a R$ 5,15

    Mercado termina a sessão com fortes ganhos diante da melhora no noticiário internacional

    Ibovespa sobe nos primeiros negócios com viés externo favorável (Foto: REUTERS/Nacho Doce)

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    Infomoney - O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira (23), dia de alívio no mercado global após o presidente americano Donald Trump afirmar que “o acordo comercial com a China está totalmente intacto”. Com isso, os índices americanos Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram entre 0,43% e 0,74%.

    A declaração de Trump foi dada após os comentários de Peter Navarro, consultor comercial da Casa Branca, terem dado a entender o contrário, alimentando temores por parte dos investidores.

    Lá fora, o mercado também refletiu sinais de recuperação da economia global depois que as vendas de novas moradias nos Estados Unidos saltaram 16,6% em maio, atingindo 676 mil unidades.

    Hoje também foi divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No documento, o Banco Central reiterou que eventual ajuste futuro na Selic (a taxa básica de juros) será apenas “residual”. “Neste momento, o Comitê considera que a magnitude do estímulo monetário já implementado parece compatível com os impactos econômicos da pandemia da Covid-19.”

    O Ibovespa fechou com alta de 0,67% a 95.975 pontos com volume financeiro negociado de R$ 26,231 bilhões.

    Enquanto isso, o dólar comercial caiu 2,26% a R$ 5,1518 na compra e a R$ 5,1531 na venda. Já o dólar futuro para julho opera em queda de 1,69% a R$ 5,165 no after-market.

    No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 caiu quatro pontos-base a 3,01%, o DI para janeiro de 2023 teve queda de cinco pontos-base a 4,12% e o DI para janeiro de 2025 recuou oito pontos-base a 5,82%.

    Apesar do bom humor entre os investidores nesta terça-feira, seguiu no radar o avanço dos casos da Covid-19 pelo mundo e os efeitos da pandemia na atividade econômica. Há o receio que uma segunda onda de contágio atrase a retomada do crescimento global. O coronavírus já infectou 9,2 milhões de pessoas no mundo e o número de mortes já chega a quase 475 mil.

    No Brasil, a Polícia Federal fez operação para encontrar Márcia Oliveira de Aguiar, a esposa de Fabrício Queiroz, ex-assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Márcia é acusada de participar com Queiroz do esquema da “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ela tem prisão decretada e está foragida.

    Ata do Copom

    Em relatório, a equipe de análise do Bradesco destaca que a ata foi compatível com a visão de que é necessária cautela para os próximos passos da política monetária.

    “O BC reconhece que, depois de a atividade econômica ter atingido o seu menor patamar em abril, a recuperação em maio e junho tem sido “apenas parcial”, com “queda forte” do PIB na primeira metade do ano e recuperação gradual a partir do terceiro trimestre”, escrevem os analistas.

    Dentro deste cenário, os programas governamentais de expansão do crédito e recomposição de renda devem mitigar os impactos da crise na demanda agregada e gerar efeitos inflacionários leves.

    Um ponto importante é que não há um limite para o quanto pode cair a Selic, mas o “espaço remanescente” é incerto e “deve ser pequeno”, pois as taxas já estão em patamares muito baixos.

    “Com essa ata, a porta para um corte adicional de juros segue aberta, mas nossa avaliação, por ora, é que o cenário base até o próximo Copom – que prevê alguma aceleração da atividade e da inflação – devem fazer com que ele mantenha a Selic em 2,25%”, concluem os analistas do Bradesco.

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: