TV 247 logo
    HOME > Economia

    Inflação cai, mas gasolina ainda pesa no índice

    IPCA atual já permitiria queda das taxas de juros no Brasil

    Posto de combustível no Brasil (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

    ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

    SÃO PAULO (Reuters) - O avanço dos preços de alimentos e habitação mostrou algum alívio e a alta do IPCA-15 desacelerou em abril mais do que o esperado, levando o índice em 12 meses abaixo de 5% pela primeira vez em pouco mais de dois anos, embora a gasolina continue exercendo forte pressão.

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,57% em abril, depois de avanço de 0,69% em março, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Com isso, o índice considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, passou a acumular nos 12 meses até abril alta de 4,16%, de 5,36% em março, primeira vez em que fica abaixo de 5% desde fevereiro de 2021.

    A meta para a inflação este ano é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

    Os resultados ficaram ligeiramente abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters de altas de 0,61% no mês e de 4,20% em 12 meses.

    Em abril, a desaceleração do IPCA-15 teve como fatores as altas menos intensas nos preços Alimentação e bebidas (de 0,20% em março para 0,04% em abril), Comunicação (de 0,75% para 0,06%) e Habitação (de 0,81% para 0,48%).

    A alimentação no domicílio registrou queda de 0,15% nos preços, com destaque para batata-inglesa (-7,31%), cebola (-5,64%), óleo de soja (-4,75%) e carnes (-1,34%).

    Por outro lado, Transportes apresentou a maior alta dos custos, de 1,44%, e o maior impacto no índice do mês, embora tenha desacelerado levemente de 1,50% em março.

    Esse resultado se deveu ao avanço de 3,47% nos preços da gasolina e de 1,10% do etanol. As passagens aéreas ainda dispararam 11,96% em abril, após recuo de 5,32% no mês anterior.

    O Banco Central volta a decidir sobre a política monetária na próxima semana, com ampla expectativa no mercado de manutenção da taxa básica Selic em 13,75%, em meio a renovadas críticas do governo.

    Analistas avaliam que a inflação no Brasil deve registrar desaceleração gradual, em um cenário de política monetária restritiva e atividade econômica fraca, mas retomando um pouco da força no segundo semestre.

    A pesquisa Focus mais recente realizada pelo Banco Central junto ao mercado mostra que a expectativa é de que o IPCA encerre este ano com alta acumulada de 6,04%, indo a 4,18% em 2024.

    iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

    Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: